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Estado de Minas

Delegado da PF refor�a acusa��o contra mandantes da Chacina de Una�

Julgamento do fazendeiro Norberto M�nica e empres�rio Jos� Alberto Costa entra no segundo dia na sede da Justi�a federal, em Belo Horizonte


postado em 28/10/2015 08:58 / atualizado em 28/10/2015 13:50

Fiscais do trabalho protestaram no primeiro dia do julgamento, nessa terça-feira, deitando--se no chão para formar uma cruz(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press - 27/10/15)
Fiscais do trabalho protestaram no primeiro dia do julgamento, nessa ter�a-feira, deitando--se no ch�o para formar uma cruz (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press - 27/10/15)

No segundo dia do j�ri popular dos acusados de serem mandante e intermedi�rio da Chacina de Una�, o delegado da Pol�cia Federal Ant�nio Celso dos Santos, um dos respons�veis pelas investiga��es do caso, voltou a refor�ar a acusa��o contra o fazendeiro Norberto M�nica e o empres�rio Jos� Alberto Costa. Em 2004, tr�s auditores e um motorista do Minist�rio do Trabalho e Emprego, que fiscalizavam den�ncia de trabalho escravo em fazendas da regi�o foram assassinados.

O delegado disse na manh� desta quarta-feira na sede da Justi�a federal, em Belo Horizonte, que o alvo dos pistoleiros seria o auditor fiscal N�lson Jos� da Silva, um dos servidores mortos. No entanto, Silva estava acompanhado das outras v�timas. Conforme o policial, o r�u Jos� Alberto Costa - que teria intermediado a contrata��o de pistoleiros - deu ordem para matar todos e que os atiradores receberiam o dobro ou triplo do combinado pelo servi�o.

Foi apurado ainda que Noberto j� havia amea�ado o fiscal N�lson diversas vezes, inclusive, com um furador de sacas de feij�o "por ele aplicar muitas multas aos fazendeiros". O delegado afirmou que assim que cometeram o crime, os pistoleiros avisaram a Jos� Alberto que, ent�o telefonou para o empres�rio Hugo Alves Pimenta, tamb�m r�u no processo, e este telefonou para a fazenda de Noberto M�nica.

Hugo Pimenta, que ser� julgado no pr�ximo dia 10, fez acordo de dela��o premiada com a Justi�a, em 2007, e aponta o fazendeiro M�nica como mandante do crime. H� grande expectativa para o depoimento dele na tarde desta quarta-feira.

Na manh� de hoje, o juiz federal Murilo Fernandes de Almeida ouviu quatro testemunhas, sendo dois agentes da Pol�cia Federal, um perito da Pol�cia Civil e um gerente da fazenda de M�nica.

Nessa ter�a-feira (27), foram ouvidas 13 das 17 testemunhas de acusa��o arroladas pelo Minist�rio P�blico Federal. No total s�o 34 testemunhas, incluindo as relacionadas pela defesa. Fiscais do trabalho estiveram no local com faixas pedindo justi�a. Eles tamb�m fizeram um protesto deitando-se no ch�o para formar uma cruz com os pr�prios corpos.

A previs�o � que a sess�o termine na pr�xima sexta-feira (30).

Entenda o caso

A Chacina de Una� aconteceu em 28 de janeiro de 2004 e repercutiu mundialmente. Os auditores fiscais do Trabalho Erast�tenes de Almeida Gon�alves, Jo�o Batista Soares Lage e N�lson Jos� da Silva e o motorista Ailton Pereira de Oliveira foram mortos a tiros enquanto faziam uma fiscaliza��o de rotina na zona rural de Una�.

A Pol�cia Federal (PF) pediu o indiciamento de nove pessoas por homic�dio triplamente qualificado: os fazendeiros e irm�os Ant�rio e Norberto M�nica, os empres�rios Hugo Alves Pimenta, Jos� Alberto de Castro e Francisco Elder Pinheiro, al�m de Erinaldo de Vasconcelos Silva e Rog�rio Alan Rocha Rios, apontados como autores do crime, Willian Gomes de Miranda, suposto motorista da dupla de assassinos, e Humberto Ribeiro dos Santos, acusado de ajudar a apagar os registros da passagem dos pistoleiros pela cidade.

Um dos r�us, o empres�rio Francisco Elder, morreu no �ltimo dia 7, aos 77 anos. Apesar do crime ter sido cometido em 2004, os tr�s primeiros respons�veis pela chacina de Una� s� foram condenados em agosto de 2013. Erinaldo de Vasconcelos Silva recebeu pena de 76 anos e 20 dias por tr�s homic�dios triplamente qualificados e por forma��o de quadrilha, Rog�rio Alan Rocha Rios a 94 anos de pris�o pelos mesmos crimes e William Gomes de Miranda a 56 anos de reclus�o por homic�dio triplamente qualificado.


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