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Estado de Minas

Ap�s parecer por impeachment, PT decide que n�o ir� 'prejulgar' Cunha


postado em 29/10/2015 09:31 / atualizado em 29/10/2015 08:54

Bras�lia - No momento em que a amea�a de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff volta a ganhar for�a, a c�pula do PT vai enquadrar os deputados do partido no Conselho de �tica, recomendando que n�o haja "prejulgamento" do presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

A posi��o ser� referendada nesta quinta-feira pelo Diret�rio Nacional do PT, em reuni�o na qual o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva cobrar� forte rea��o dos petistas ao que ele chama de "a��o orquestrada" para destruir o partido e o governo.

Diante do agravamento da crise, o PT quer deixar claro que a palavra final sobre como proceder com Cunha ser� da dire��o, e n�o da bancada. Sob a pior turbul�ncia de seus 35 anos, e assistindo ao desgaste da rela��o entre Dilma e Lula, o partido tamb�m tentar� adotar hoje um discurso de unidade, mas o racha interno � evidente.

Embora seis correntes petistas preguem a cassa��o do mandato de Cunha, a estrat�gia combinada com o Pal�cio do Planalto � ganhar tempo. Suspeito de manter contas secretas na Su��a com dinheiro desviado da Petrobras, o presidente da C�mara conseguiu retardar o processo contra ele no Conselho de �tica e pode ser julgado somente em 2016 por seus pares.

Cabe a Cunha decidir se d� ou n�o sequ�ncia ao impeachment contra Dilma, mas ele j� tem um "�libi": a assessoria t�cnica da C�mara emitiu parecer sugerindo a aceita��o do requerimento apresentado pelos juristas H�lio Bicudo, Miguel Reale J�nior e Jana�na Paschoal, que pede o afastamento da presidente. Com esse novo cen�rio, a c�pula do PT e o governo refor�aram o aviso aos deputados da bancada para que n�o o provoquem.

Nos bastidores, ministros avaliam que Cunha pode at� mesmo ser obrigado pelo Supremo Tribunal Federal a deixar o comando da C�mara, antes mesmo da decis�o sobre o seu futuro. Em conversas reservadas, aliados do deputado contaram que ele j� amea�ou aceitar o pedido de impeachment de Dilma, caso o Supremo tente tir�-lo do cargo.

'Banho-maria'

A ordem para n�o cutucar Cunha e adotar a t�tica do "banho maria" divide o PT. At� agora, 32 dos 64 deputados do PT assinaram representa��o encabe�ada pelo PSOL e pela Rede, solicitando a cassa��o do presidente da C�mara. Al�m disso, a corrente Mensagem ao Partido, grupo do ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, apresentar� hoje um documento cobrando respaldo do PT � a��o contra Cunha.

"Os tr�s deputados do PT no Conselho de �tica devem se pronunciar de forma unit�ria, mas n�o vamos nos manifestar previamente a respeito de uma quest�o sobre a qual Eduardo Cunha nem sequer se defendeu ainda", disse o presidente do PT, Rui Falc�o, endossando opini�o j� manifestada por Lula. "Como vamos julgar quem ainda nem � r�u no Supremo? Est� certo que n�o d�o esse tratamento para n�s, que somos sempre culpados at� prova em contr�rio, mas n�o faremos isso."

Falc�o garantiu ontem, na reuni�o da Executiva Nacional petista, que o partido n�o est� negociando com Cunha. "Quem tem acordo com ele � a oposi��o, que quer dar um golpe."

Questionado se n�o temia que Cunha desse o pontap� inicial no impeachment, o presidente do PT disse n�o haver base jur�dica e legal para o afastamento de Dilma. "Isso � mais um factoide que a oposi��o quer criar, precipitando uma crise pol�tica na linha do ‘quanto pior, melhor’", reagiu.

Para o secret�rio de Comunica��o do PT, Alberto Cantalice, o partido ter� de acompanhar o caso com cautela. "N�o podemos fazer prejulgamento do presidente da C�mara", disse ele. "Mas se at� a direita pede a sa�da dele, como o PT vai ficar atr�s?", questionou o secret�rio de Forma��o Pol�tica, Carlos Henrique �rabe.

Ap�s perder 11% dos 619 prefeitos que elegeu em 2012, no rastro dos esc�ndalos de corrup��o, o PT tamb�m pedir� que todos os candidatos nas disputas de 2016 defendam o partido, Dilma e Lula nas campanhas.


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