O presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), confirmou nesta quinta-feira que definir� em novembro se vai deferir ou n�o os pedidos de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff que foram protocolados na Casa. "Vamos, no curso do m�s de novembro, tomar uma decis�o. Mas n�o vamos estimular o debate", disse o peemedebista.
Embora n�o tenha fixado uma data para deflagrar o processo, a reportagem apurou que Cunha planeja bater o martelo nas duas �ltimas semanas do m�s. A ideia � deixar claro que ele n�o foi influenciado pelo ultimato dado por l�deres de partidos de oposi��o que definiram o dia 15 como "prazo".
Como a decis�o � monocr�tica e n�o h� um prazo definido no regimento interno da C�mara para que seja tomada, havia entre deputados de oposi��o o temor de que Cunha procrastinasse o processo.
O presidente da C�mara anunciou em plen�rio nesta quinta-feira que desistiu do rito que havia proposto para eventual processo de afastamento contra Dilma Rousseff. O chamado "manual do impeachment" havia sido barrado por tr�s liminares do Supremo Tribunal Federal, que agora perderam o efeito.
A decis�o deu novo �nimo aos partidos de oposi��o ao governo. O bloco pr�-impeachment no Congresso temia que o agravamento das den�ncias contra Cunha fizesse com que ele se aproximasse do Pal�cio do Planalto em troca de ter o seu mandato poupado no processo que responder� no Conselho de �tica da Casa por suposta quebra de decoro parlamentar.
"O movimento (pelo impeachment) chegou a ter o apoio de 320 deputados, mas depois deu uma esfriada. Agora vamos refazer as contas", afirma o deputado Paulinho da For�a (SDD-SP).
Os oposicionistas agora est�o divididos sobre a melhor estrat�gia. Parte dos deputados avalia que seria melhor Cunha rejeitar o pedido, uma vez que o presidente da Casa est� enfraquecido pelas den�ncias de suposto envolvimento no esquema de corrup��o da Petrobras revelado pela Opera��o Lava Jato da Pol�cia Federal.
Dois partidos, o PSOL e a Rede, entraram com uma representa��o no Conselho de �tica da C�mara para que Cunha seja investigado por suposta quebra de decoro parlamentar. Os partidos entendem que ele mentiu em depoimento � CPI da Petrobras, em mar�o, quando disse que n�o possu�a contas no exterior.