
Um dos tr�s sorteados para disputar a relatoria do processo de cassa��o do presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no Conselho de �tica, o deputado petista Z� Geraldo (PA), disse na tarde desta ter�a-feira que "s�o muitas" as evid�ncias contra o peemedebista. O deputado do PT foi sorteado junto com Vinicius Gurgel (PR-AP) e Fausto Pinato (PRB-SP). Um dos tr�s ser� escolhido relator pelo presidente do colegiado, Jos� Carlos Ara�jo (PSD-BA), nesta quarta-feira, 4.
"As evid�ncias s�o bastantes. As evid�ncias s�o muitas. Isso quem est� dizendo n�o somos n�s, membros da Comiss�o. S�o os delatores. N�s, membros da comiss�o, temos que agir com isen��o", afirmou Z� Geraldo ap�s a sess�o em que foi sorteado.
Em entrevista, o petista avaliou que Cunha tornou-se "indefens�vel". "Ele est� muito an�mico, n�o tem mais f�lego para ser a ofensiva contra o governo, contra a Dilma e contra o PT", disse o deputado � reportagem na tarde de segunda-feira, 02.
Ele disse nesta tarde que, se escolhido, n�o ser� um "engavetador", optando por apontar aus�ncia de admissibilidade. "Sendo o relator, tenho que relatar. N�o posso engavetar", afirmou. Jos� Carlos Ara�jo quer conversar com os tr�s sorteados justamente para evitar escolher algu�m que n�o leve o processo adiante.
Z� Geraldo negou ter sido procurado por emiss�rios do governo ou do PT, como o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. "Nossos tr�s membros da comiss�o de �tica nunca receberam nenhuma manifesta��o de ningu�m. Nem de governo, nem de partido, nem de Lula, nem de ningu�m", afirmou. "A posi��o nossa vai ser uma posi��o de Comiss�o de �tica. Partido � partido, governo � governo, religi�o � religi�o e Comiss�o de �tica � Comiss�o de �tica".
No entanto, ele admitiu que conversar� com seu partido caso seja escolhido relator. "Vou conversar, vou ouvir todo mundo. Naturalmente vou ser procurado. N�o � qualquer processo", afirmou.
Para Z� Geraldo, uma eventual ofensiva contra Cunha no conselho n�o afetar� a governabilidade do Pa�s. "Acho que a governabilidade � governabilidade e o julgamento de um membro deste Poder � uma coisa totalmente diferente", afirmou. Ele disse ainda n�o temer retalia��o do presidente da C�mara ao seu partido ou ao governo. "N�o posso temer nada. Tenho que ser um membro da Comiss�o de �tica, tenho que agir como membro", afirmou.