O engenheiro M�rio G�es, operador de propinas no esquema de corrup��o instalado na Petrobras, afirmou ao juiz S�rgio Moro, que conduz as a��es da Opera��o Lava Jato, que era "um instrumento de recebimento" de recursos. Em audi�ncia nesta quarta-feira, 11, no processo da Andrade Gutierrez, o executivo reafirmou que intermediava propina para o ex-gerente executivo da estatal Pedro Barusco.
Em 21 de setembro, M�rio G�es foi condenado a 18 anos de pris�o e 4 meses de pris�o pela Justi�a Federal do Paran�. Como colaborador, ele cumprir� a penas definida nos acordos com a for�a-tarefa da Lava Jato.
"Eu era um instrumento de recebimento desses recursos que vinham para pagar os acertos entre Pedro Barusco e as companhias", afirmou M�rio G�es. "Basicamente, um intermediador dos recursos, n�o das conversas entre eles."
Em sua dela��o premiada, o executivo confirmou que usou suas empresas, a RioMarine e a Phad Corporation, para repasse de propina e lavagem de dinheiro da Andrade Gutierrez para a Diretoria de Servi�os da Petrobras.
O executivo revelou que os repasses de propina eram feitos por 'tr�s m�todos': por contratos de sua empresa Rio Marine, em esp�cie e em contas no exterior. M�rio G�es disse n�o saber o valor total repassado a Barusco. Ele citou o ex-diretor de Servi�os da Petrobras Renato Duque.
"Muito dif�cil dizer principalmente pela parte em esp�cie", disse. "Eu s� repassava para ele (Barusco). Ele, nas conversas comigo, dizia que tinha outras pessoas. Se referia, especialmente, ao dr. Renato Duque. Nunca tive contato sobre isso com Renato Duque."