O juiz federal S�rgio Moro, que conduz as a��es da Opera��o Lava-Jato, condenou a 19 anos e 4 meses de pris�o o executivo S�rgio Cunha Mendes, ex-vice-presidente da empreiteira Mendes J�nior, por corrup��o, lavagem de dinheiro e associa��o criminosa. Outros dois dirigentes da c�pula da empreiteira tamb�m foram condenados.
Rog�rio Cunha Pereira, ex-diretor de �leo e G�s da empresa, foi condenado pelos mesmos crimes a 17 anos e quatro meses de reclus�o. A Alberto El�sio Vila�a Gomes, antecessor de Rog�rio Cunha Pereira no cargo de diretor de �leo e G�s da Mendes J�nior foi imposta pena de 10 anos de pris�o.
Foram absolvidos os executivos ligados � Mendes J�nior, �ngelo Alves Mendes - ex-diretor-vice-presidente - e Jos� Humberto Cruvinel Resende. "Entendo que h� uma d�vida razo�vel se agiram com dolo, especificamente se tinham consci�ncia de que os contratos em quest�o foram utilizados para repasse da propina", afirmou Moro.
O doleiro Alberto Youssef foi condenado a 20 anos e quatro meses de reclus�o, mas como fez dela��o premiada na Procuradoria-Geral da Rep�blica, a pena a ele imposta foi suspensa por Moro.
O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa pegou 10 anos de reclus�o. Ele tamb�m fez acordo de dela��o.
Segundo den�ncia do Minist�rio P�blico Federal, a Mendes J�nior fez parte do 'clube vip' de empreiteiras que, em cartel, 'teriam sistematicamente frustrado as licita��es' da Petrobras para a contrata��o de grandes obras a partir do ano de 2006, entre elas na Refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, no Complexo Petroqu�mico do Rio de Janeiro (Comperj) e Refinaria Presidente Get�lio Vargas (Repar), no Paran�.
Moro fixou em R$ 31.472.238,00 o valor m�nimo necess�rio para indeniza��o dos danos decorrentes dos crimes, a serem pagos � Petrobras, 'o que corresponde ao montante pago em propina � Diretoria de Abastecimento e que, inclu�do como custo das obras no contrato, foi suportado pela Petrobras'.
O criminalista Marcelo Leonardo, que defende a c�pula da empreiteira Mendes J�nior, disse que ainda n�o teve acesso � senten�a, mas adiantou que 'haver� recurso para o Tribunal Regional Federal da 4.ª Regi�o (TRF4)'.
Marcelo Leonardo destacou que os argumentos do recurso ser�o os mesmos apresentados nas alega��es finais do processo criminal perante a 13.ª Vara Criminal Federal no Paran�, base da Opera��o Lava-Jato.
Segundo o criminalista, os executivos da Mendes J�nior foram extorquidos pelo doleiro Alberto Youssef que teria exigido R$ 8 milh�es da empresa.
O empres�rio S�rgio Cunha Mendes afirmou � Justi�a que os pagamentos foram parcelados por meio de contratos frios firmados com as empresas de fachada GFD Investimentos e Empreiteira Rigidez, controladas pelo doleiro. "Era um valor que ele (Youssef) colocou, R$ 8 milh�es e alguma coisa, e foi pago relativo aos aditivos a serem aprovados, da Replan e do TABR", declarou o empres�rio, quando interrogado pelo juiz federal S�rgio Moro.