
O PSDB busca maior empatia com o eleitorado nas elei��es municipais de 2016, al�m de sinaliza��o para o mercado financeiro.
"Vamos apresentar ao pa�s um diagn�stico da gravidade da crise e do que nos espera para o ano que vem, mas principalmente propostas na �rea social, em raz�o da gravidade da crise pela qual passam hoje milh�es de fam�lias brasileiras", afirmou A�cio Neves (PSDB-MG), presidente do partido.
O documento ser� uma revis�o da plataforma de campanha presidencial de A�cio em 2014, com propostas como pacto federativo e reforma tribut�ria, al�m de enfoque social. A Executiva da legenda se re�ne em duas semanas para fechar detalhes, e a apresenta��o da carta deve ser feita no in�cio de dezembro em pronunciamento do pr�prio senador, que prometeu uma "fala forte".
A estrat�gia integra uma tentativa de recuperar o protagonismo do debate econ�mico, perdido desde a derrota nas elei��es presidenciais de 2014. Em um ano de crise econ�mica, tucanos chegaram a apoiar algumas das chamadas "pautas-bomba" no Congresso. Algumas delas em contradi��o com a defesa hist�rica feita pela sigla, como o fim do fator previdenci�rio - medida aprovada pelo governo Fernando Henrique Cardoso.
H� duas semanas, os tucanos assistiram ao PMDB lan�ar um documento com propostas para a economia que destoavam das defendidas pelo PT. � dentro dessa estrat�gia que se explica a sinaliza��o com o governo na negocia��o direta pela aprova��o de pautas do ajuste fiscal. A oposi��o anunciou acordo para aprovar a Desvincula��o de Receitas da Uni�o (DRU) com al�quota de 25% na ter�a-feira. O pacto foi celebrado com um aperto de m�os entre os l�deres Jos� Guimar�es (PT-CE) e Bruno Ara�jo (PSDB-PE).
Mais uma negocia��o acontece em torno da repatria��o de recursos brasileiros no exterior, apoio que tem sido discutido diretamente entre A�cio Neves e os ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Jaques Wagner (Casa Civil). O texto recebeu voto contr�rio dos 48 deputados tucanos na C�mara, mas deve contar com o apoio dos senadores, caso o governo consiga desfazer as mudan�as do relator Manoel J�nior (PMDB-PB), que concederam anistia para crimes de sonega��o fiscal e lavagem de dinheiro. O PSDB deseja que a proposta se restrinja � evas�o de divisas.
De acordo com A�cio, o apoio �s pautas econ�micas s�o uma demonstra��o do compromisso do PSDB com as quest�es que v�o al�m do governo Dilma e s�o cruciais para o Pa�s. "N�o vamos fazer como o PT que, quando era oposi��o, encontrava v�cio de origem em tudo que vinha do Pal�cio, como a Lei de Responsabilidade Fiscal e o Plano Real."
No front pol�tico, o primeiro passo para a mudan�a de atua��o foi o rompimento com Cunha, anunciado oficialmente pelo l�der Carlos Sampaio (PSDB-SP). At� ent�o, os tucanos trocavam apoio a Cunha pela promessa de encaminhamento do processo de impeachment de Dilma.