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Estado de Minas

Levy se alia a PMDB e PSDB e ajuste avan�a


postado em 16/11/2015 00:14 / atualizado em 16/11/2015 08:09

Bras�lia - Depois de sofrer o mais forte desgaste p�blico desde que foi convidado pela presidente Dilma Rousseff a assumir o Minist�rio da Fazenda, h� exatamente um ano, o ministro Joaquim Levy conseguiu, enfim, fazer andar a segunda fase de seu ajuste fiscal no Congresso gra�as a uma aproxima��o at�pica com o PMDB e o PSDB, principal partido de oposi��o ao governo. Levy n�o pode nem sequer “usufruir” dos avan�os da �ltima semana, uma vez que o Planalto tem dado sinais de insatisfa��o, pela primeira vez, com o desempenho do ministro. Mas seus movimentos pol�ticos recentes ao menos permitiram colher vit�rias in�ditas neste segundo semestre.

O projeto de repatria��o de ativos de brasileiros mantidos ilegalmente no exterior, que tem o potencial de atrair cerca de R$ 15 bilh�es no ano que vem aos cofres federais, foi aprovado pela C�mara. Os deputados tamb�m deram sinal verde para a medida provis�ria que permitir� a cobran�a de outorga nos leil�es do setor el�trico previsto para este m�s, que deve trazer R$ 11,2 bilh�es para o governo ainda neste ano. Tamb�m a proposta de prorroga��o da Desvincula��o das Receitas da Uni�o (DRU) at� 2023 caminhou e ser� votada em comiss�o especial na pr�xima ter�a-feira, 17.

Esses tr�s pontos do ajuste, que faziam parte da estrat�gia de Levy apresentada em agosto, caminharam depois de semanas de estagna��o total ap�s uma movimenta��o pol�tica incomum para Levy, que buscou aproxima��o com o PMDB e ajudou a coordenar um acordo do governo com o PSDB, no caso da DRU. Esses movimentos, mesmo contando com apoio do PT da C�mara no caso da DRU, n�o mudaram a vis�o de parte importante do partido, que tem engrossado o tiroteio iniciado pelo ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, que sonha pela troca de Levy por Henrique Meirelles, que comandou o Banco Central de 2003 a 2010.

Tal qual Levy, Meirelles pertenceu ao governo Lula, tem proximidade com o mercado financeiro, segue uma linha de pensamento econ�mico ortodoxo e pr�xima dos tucanos, e tem canais com Washington (EUA). O excesso de semelhan�a, no entanto, n�o faria da troca um “seis por meia d�zia”, segundo explicou ao Estado um parlamentar petista pr�ximo a Lula e cr�tico de Levy. A ideia � que Meirelles, por ter mais “estofo” que Levy, poderia conduzir o ajuste fiscal mais rapidamente, gerando assim as condi��es para a retomada de uma agenda de crescimento. “O ajuste que deveria ser concentrado em 2015 ficou para 2016. Agora est�o falando que at� 2017 ser� dif�cil. Assim n�o d�”, disse o petista.

Movimenta��es

Sob press�o, Levy fez movimenta��es pol�ticas in�ditas para, enfim, fazer o ajuste fiscal andar no Congresso, depois de dois meses praticamente parado. Na ter�a-feira, 10, o ministro foi jantar com 40 dos 81 senadores, organizado pelo PMDB. Do encontro participou inclusive o ex-senador Jos� Sarney, cardeal do partido no Senado at� hoje, ao lado de Romero Juc� (RR), Eun�cio Oliveira (CE) e do presidente da Casa, Renan Calheiros (AL).

Levy ouviu diversas cr�ticas � pol�tica econ�mica, como o excesso de �nfase dada ao aumento de impostos e a falta de uma agenda positiva. Apesar do clima pesado, Levy seguiu os ritos pol�ticos e, no dia seguinte, emitiu nota p�blica com elogios aos senadores do PMDB. Depois, Levy ajudou a coordenar acordo entre o governo e o PSDB para fechar o in�dito apoio dos tucanos � proposta de prorroga��o da DRU at� 2023.

Esses movimentos - e o sucesso verificado nesta semana - deram sobrevida � Levy, que trabalha para agradar empres�rios e parlamentares com medidas positivas, desta vez. A reforma de simplifica��o do PIS/Cofins, dois dos tributos mais complexos do Brasil, deve, enfim, chegar ao Congresso at� o fim do m�s, segundo o secret�rio da Receita Federal, Jorge Rachid, bra�o direito de Levy. A medida � aguardada com ansiedade pelo setor privado, porque pode desburocratizar o pagamento de impostos no Pa�s.

Segundo fontes pr�ximas ao ministro da Fazenda, ele continua imbu�do da “miss�o” conferida a ele no fim do ano passado, de ajustar as contas p�blicas depois dos excessos do primeiro mandato de Dilma, quando uma s�rie de manobras cont�beis, como as pedaladas fiscais, foram praticadas para maquiar a piora das contas federais. Para ele, somente uma melhora consistente do quadro das contas poder� criar as condi��es para a queda da taxa b�sica de juros, mantida atualmente pelo Banco Central em 14,25% ao ano - a maior do mundo.


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