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Estado de Minas

PMDB usa congresso para refor�ar as cr�ticas ao modelo econ�mico petista


postado em 16/11/2015 07:37 / atualizado em 16/11/2015 08:46

Bras�lia - Dividido sobre o melhor momento de se apresentar como alternativa de poder ao governo Dilma Rousseff, o PMDB far� um congresso nessa ter�a-feira, 17, sem consenso nem mesmo sobre o seu novo programa econ�mico, intitulado "Uma Ponte para o Futuro". O encontro foi idealizado com o objetivo de fustigar Dilma e acenar para o PSDB e o mercado, mas perdeu for�a depois que o PMDB aumentou o seu tamanho no Minist�rio e o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (RJ), passou a enfrentar processo de cassa��o no Conselho de �tica.

Mesmo assim, a c�pula do PMDB resistiu �s press�es para adiar o congresso - que deve focar as cr�ticas na condu��o da economia. No momento em que os tucanos tentam ganhar protagonismo na crise, o partido quer fugir da pecha de fisiologismo, destacar suas propostas e deixar claro que n�o desistir� de lan�ar candidato pr�prio � sucess�o da presidente Dilma, em 2018. A ideia � transmitir para a opini�o p�blica a imagem de que o PMDB vai se divorciar do PT e s� n�o o fez ainda porque "o Brasil encontra-se em situa��o de grave risco", como diz um trecho do programa.

Com a amea�a de impeachment refluindo e Cunha na berlinda, acusado de envolvimento no esquema de corrup��o na Petrobras, o PMDB foi obrigado a recolher as armas na pol�tica e a se concentrar nas cr�ticas ao modelo econ�mico petista. Diante do novo cen�rio, o vice-presidente Michel Temer - que em agosto afirmou ser preciso encontrar "algu�m capaz de reunificar a todos" - adotou posi��o mais cautelosa, para se preservar, e submergiu.

Afastado da articula��o pol�tica do Pal�cio do Planalto e distante de Dilma, Temer tem dito que o objetivo imediato do PMDB � preparar uma agenda consistente para o Pa�s. "Se o governo incorporar essas teses, isso ser� um trabalho do PMDB", avaliou o vice, que tamb�m comanda o partido. "Se n�o, vamos trabalhar como um programa para 2018."

As correntes do PMDB, no entanto, n�o chegaram a um acordo sobre o documento "Uma Ponte para o Futuro" e querem desidratar as quest�es mais pol�micas. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), por exemplo, detestou o trecho sobre as rela��es trabalhistas.

O programa prop�e que as conven��es coletivas prevale�am sobre as normas legais. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, achou a ideia "muito boa", mas Renan disse que a norma pode acabar abrindo brecha para a flexibiliza��o de direitos dos empregados, empurrando o PMDB para uma pauta negativa.

Teses


"O PMDB � uma federa��o de partidos e cada um tem uma posi��o, mas tudo ser� discutido", disse Renan. "Estou cuidando da Agenda Brasil, que tramita no Legislativo. Creio que com ela ser� poss�vel criar mais rapidamente as condi��es para a retomada dos investimentos".

Escrito pelo ex-ministro da Fazenda Delfim Netto em parceria com o ex-secret�rio de Pol�tica Econ�mica Marcos Lisboa e o presidente da Funda��o Ulysses Guimar�es, Wellington Moreira Franco, o documento do PMDB abriga teses opostas �s defendidas pelo PT.

Entre elas est�o o fim do porcentual previsto na Constitui��o para despesas com sa�de e educa��o e o t�rmino das indexa��es de benef�cios sociais ao sal�rio m�nimo. Al�m disso, o texto atribui a crise atual aos gastos excessivos do governo nos �ltimos anos.

"Qual � o problema de criticar o governo?", questionou o l�der do PMDB no Senado, Eun�cio Oliveira (CE). "O PT faz isso todo dia. Al�m disso, n�s n�o somos governo. Apoiar � uma coisa e ser governo � outra." Com a reforma ministerial de outubro, o PMDB ampliou o espa�o na equipe e passou a controlar sete minist�rios, entre eles o da Sa�de, dono do maior or�amento da Esplanada.

Sob o argumento de que n�o adianta procurar culpado pela crise nessa altura do campeonato, Moreira Franco amenizou as diverg�ncias em rela��o ao programa do PMDB e admitiu mudan�as. "No PMDB n�o existe centralismo democr�tico. Existe maioria", disse dando uma estocada no PT. Ex-ministro de Dilma e amigo de Temer, o presidente da Funda��o Ulysses Guimar�es garantiu, ainda, que a acusa��o de corrup��o contra Eduardo Cunha, um dos principais l�deres do PMDB, n�o v�o constranger o partido. "Estamos assistindo � presidente da Rep�blica e ao presidente da C�mara discutirem o pr�prio mandato enquanto a economia vai para o vinagre", afirmou. "� isso que nos preocupa."

'Reflex�o'


Informados de que o congresso corre risco de ser esvaziado, dirigentes do PMDB adotaram o discurso de que o encontro foi convocado pela Funda��o Ulysses Guimar�es para uma "reflex�o" do momento. O PMDB, agora, aposta suas fichas na conven��o nacional de mar�o de 2016, quando ser� escolhida sua nova dire��o.

At� l�, a estrat�gia do partido consiste em ganhar tempo para se descolar da crise, dando visibilidade �s propostas da legenda para a �rea econ�mica.


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