
A senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) disse nesta segunda-feira que vai ser a candidata do partido � Prefeitura de S�o Paulo nas elei��es do ano que vem.
"Sim (me considero candidata). No PMDB, eu fui recebida muito bem. E eu vou ser candidata", afirmou a parlamentar depois de participar de uma palestra a alunos do curso de administra��o da Funda��o Getulio Vargas (FGV), em S�o Paulo.
� a primeira vez que Marta manifesta publicamente que � a candidata do partido. Ela, no entanto, enfrenta a resist�ncia do secret�rio municipal de Educa��o, Gabriel Chalita, que tamb�m deseja disputar a Prefeitura.
O PMDB atualmente faz parte do governo de Fernando Haddad na Prefeitura de S�o Paulo. A legenda integrou a gest�o petista depois de um acerto entre o vice-presidente, Michel Temer - e tamb�m presidente nacional do PMDB - e o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. O principal termo do acordo era o de construir uma alian�a entre o PT e o PMDB para as elei��es de 2016.
Durante a palestra sobre o papel da mulher na pol�tica, Marta criticou o projeto de lei criado pelo presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que dificulta o acesso ao aborto legal para v�timas de estupro. Para a senadora, o projeto de lei aprovado pela Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ) no dia 21 de outubro � "uma viol�ncia transcedental".
"Essa quest�o do aborto � de uma viol�ncia transcedental. Voc�s veem a dimens�o do conservadorismo? Ele pesa mais para as mulheres", disse Marta em sua fala.
Ao fazer refer�ncia aos protestos contra o projeto de lei criado por Cunha, a senadora disse que as mulheres tomaram a Avenida Paulista e parte do Congresso para se posicionar contra "a indec�ncia que est� acontecendo". Afirmou ainda que as �ltimas leis que tramitaram pelo Congresso "s�o extremamente conservadoras" e que representam "um retrocesso aos direitos da mulher".
Questionada sobre o grau de responsabilidade de Cunha pelo conservadorismo da C�mara, Marta disse que ele n�o faria nada do que fez at� agora sem apoio. Os dois pertencem ao mesmo partido.
"Ele n�o poria uma lei dessas (do aborto) em vota��o se n�o tivesse o apoio de uma ampla maioria. Que o apoia em tudo, inclusive nas quest�es de retrocesso", afirmou a senadora.