S�o Paulo - O lobista Milton Pascowitch, um dos delatores da Opera��o Lava-Jato, afirmou que um homem identificado como 'Ricardo Dias' foi a seu escrit�rio 'por duas ou tr�s vezes' e teria levado R$ 300 mil. Em depoimento no dia 11 de setembro � Pol�cia Federal, Pascowitch afirmou que 'Ricardo Dias' seria ligado � diretoria financeira do PT.
O PT comunicou que 'nunca' teve funcion�rio chamado 'Ricardo Dias'.
Os investigadores da Lava-Jato n�o descartam a hip�tese de que 'Ricardo Dias' fa�a parte de alguma estrutura de arrecada��o de campanha vinculado ao partido.
No mesmo depoimento, Milton Pascowitch relata que entre o final de 2009 e o in�cio de 2011, o repasse em esp�cie feito ao ex-tesoureiro do PT Jo�o Vaccari Neto chegou a R$ 10 milh�es. O lobista declarou que tamb�m fez transfer�ncias por meio de doa��es oficiais ao Diret�rio Nacional do PT por parte da empreiteira Engevix, apontada pelos investigadores como parte do grupo de empresas que cartelizaram contratos da Petrobr�s entre 2004 e 2014.
Segundo o delator, as doa��es foram concentradas no per�odo das elei��es de 2010. "O controle desses repasses era feito pelo declarante e por Jo�o Vaccari."
Em junho deste, o lobista come�ou a contar o que sabe sobre o esquema de corrup��o e propinas instalado na Petrobr�s entre 2004 e 2014. Em troca da dela��o, Pascowitch deixou a Cust�dia da Pol�cia Federal em Curitiba (PR), base da Lava-Jato, ap�s 39 dias preso.
Milton Pascowitch foi o piv� da deflagra��o da Opera��o Pixuleco, 17ª fase da Lava-Jato, que levou � pris�o o ex-ministro da Casa Civil Jos� Dirceu (Governo Lula), em 3 de agosto deste ano.
"O Partido dos Trabalhadores nunca teve um funcion�rio com o nome citado. E ressalta que todas as doa��es recebidas pelo partido foram realizadas estritamente dentro dos par�metros legais e posteriormente declaradas � Justi�a Eleitoral.", disse o partido em nota.