Cerca de 15 barracas de manifestantes a favor do impeachment da presidenta Dilma Rousseff foram arrancadas do gramado imediatamente em frente ao Congresso Nacional, pela Pol�cia Legislativa. A pol�cia respons�vel pela seguran�a do Congresso tentou negociar com os acampados, mas, como n�o teve sucesso, retirou barracas e faixas, dispersando os manifestantes.
Em um ponto mais recuado do gramado, manifestantes de outro acampamento, que pediam a destitui��o do governo via interven��o militar, desarmaram as pr�prias barracas mas entraram em confronto com um grupo contr�rio, que chegou gritando as palavras de ordem "N�o vai ter golpe". A Pol�cia Militar do Distrito Federal, que tem jurisdi��o sobre a �rea, usou g�s de pimenta para dispersar a briga. Ap�s o confronto, os grupos se retiraram do local.
O grupo pr�-interven��o militar � o mesmo que, na semana passada, se envolveu em uma confus�o com integrantes da Marcha das Mulheres Negras. Um policial civil do Maranh�o acampado com os manifestantes disparou quatro tiros para o alto e depois se entregou � pol�cia. De acordo com outros acampados, os tiros se destinavam a dispersar um grupo de pessoas que agrediam uma jovem a favor da interven��o militar. J� as participantes da Marcha das Mulheres Negras disseram que algumas mulheres tentaram derrubar um boneco infl�vel que estava no acampamento.
Ap�s o incidente, o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, reuniu-se com os presidentes da C�mara, Eduardo Cunha, e do Senado, Renan Calheiros, e deu prazo at� 19h de hoje (21) para que os acampados deixassem a Esplanada dos Minist�rios. Mais cedo, alguns integrantes do acampamento pr�-interven��o ainda resistiam � desocupa��o e diziam que s� iriam embora mediante a apresenta��o de um documento oficial determinando a retirada.
No fim da tarde, no entanto, o grupo j� dizia que deixaria o gramado mas permaneceria mobilizado. Eles cantaram o Hino Nacional e gritaram palavras de ordem como "P�tria, fam�lia e Deus". “Decidimos sair, mas n�o vamos desistir do Brasil”, afirmou o comerciante Ricardo Rocci, 45 anos, um dos manifestantes. O escritor Felipe Porto, 55 anos, prometeu novas a��es. “Estamos prontos para fazer novos acampamentos, inclusive em frente a casa do governador”, disse, vestido com roupa de camuflagem e usando um broche em homenagem ao Ex�rcito.