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Estado de Minas

Construtora Odebrecht deve ter 1� queda de receita no Brasil

Em 2015, a previs�o � de que a fatia brasileira nas receitas recue para 18% de 27% no ano passado


postado em 22/11/2015 18:10 / atualizado em 23/11/2015 16:56

Citada na Lava-Jato, a construtora do Grupo Odebrecht deve ver o volume de suas receitas geradas no Brasil cair em 2016 pela primeira vez em quatro anos, provocando redu��o para 15% da participa��o do Pa�s em seu faturamento anual. Em 2015, a previs�o � de que a fatia brasileira nas receitas recue para 18% de 27% no ano passado. "Temos dificuldade em medir o impacto da Lava-Jato, porque n�o tem havido novas oportunidades no Brasil", justificou Marco Rabello, diretor financeiro da Construtora Norberto Odebrecht, em entrevista.

Ele atribui a contra��o estimada no ano que vem � paralisa nas novas obras de infraestrutura e concess�es em 2015, a qual pesou no backlog (carteira de projetos) da companhia. "Estamos consumindo backlog este ano por falta de novas oportunidades no Pa�s", comentou. O backlog global da OEC cedeu de US$ 33,9 bilh�es no ano passado para US$ 32 bilh�es em junho deste ano, podendo ficar nesse patamar ou recuar at� US$ 30 bilh�es.


Para recompor o backlog, o executivo remete aos leil�es de energia do ano que vem, e iniciativas como a expans�o para um novo pa�s na Am�rica Latina e outro na �frica, al�m de novas obras em pa�ses onde j� atua, como Panam� e Equador, onde alguns de seus contratos est�o sendo auditados. "Vemos um movimento no exterior que ajuda a minimizar a redu��o de obras no Brasil, em pa�ses como Panam�, Peru, M�xico, Equador e Angola onde as oportunidades s�o positivas". Mas, pondera, que a busca de novos pa�ses n�o � uma compensa��o e que a estrat�gia � manter participa��o relevante no Brasil.

O Equador determinou auditorias sobre todos os contratos da Odebrecht com o governo do pa�s e tamb�m que se investiguem os funcion�rios do pa�s que trataram com a companhia brasileira. A Odebrecht diz que ambas auditorias est�o relacionadas a controles internos e regulares e que contribui com as investiga��es.

"No ano que vem, pela primeira vez, deve haver mudan�a na participa��o do Brasil tamb�m por patamar de volume de receitas, em raz�o da falta de oportunidades", disse. Segundo ele, as receitas v�m um ou dois anos depois da assinatura dos contratos e, como este ano n�o houve gera��o, 2016 deve ser um ano de "barriga" na curva das receitas. "Anualmente, o volume financeiro gerado pelo Brasil tem sido de R$ 7 bilh�es a R$ 8 bilh�es, apesar da queda na participa��o do Pa�s no faturamento total, mas em 2016 isso vai ser menor", acrescentou.

A fatia de Brasil no faturamento da Odebrecht recuou de 45% em 2011 para 27% em 2014, em grande parte como consequ�ncia do crescimento da atividade da construtora no exterior de acordo com o executivo. Este ano, a proje��o � de que essa participa��o caia para 18%, com influ�ncia adicional da aprecia��o do d�lar. A OEC estima fechar 2015 com faturamento de R$ 40 bilh�es, superando os R$ 33 bilh�es em 2014 tamb�m por efeito do c�mbio. As premissas embutem um c�mbio m�dio de R$ 3,35 por d�lar.

Rabello considera que a Lava-Jato n�o comprometeu a rela��o da construtora com agentes financeiros e com governos, citando contratos assinados recentemente no M�xico e no Equador, em obras financiadas pelo Banco Mundial, pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pelo Banco de Desenvolvimento da Am�rica Latina (CAF).

Localmente, ele diz que "todas as obras em andamento no Pa�s correm normalmente", incluindo aquelas que exigem contrata��es de aditivos. O executivo afirmou ainda que a exposi��o da construtora � Petrobras foi reduzida e atualmente � m�nima, de apenas 0,2% do total da carteira. "Temos comunicado todas as nossas a��es relacionadas � Lava-Jato e a compliance, o que nos tem ajudado na rela��o com o mercado", ressaltou.

Rabello citou ainda a reafirma��o em 12 de novembro do rating da companhia pela ag�ncia de classifica��o de risco Standard & Poor's em BBB- na escala global, um n�vel acima da nota do Brasil (BB+). O rating havia sido colocado em observa��o quando o Brasil perdeu o grau de investimento. Foi removido da observa��o e colocado em perspectiva negativa, assim como o de outras construtoras, pontua o executivo.

A liquidez, que em junho carregava R$ 12 bilh�es em caixa, e a manuten��o do ritmo de gera��o de novos contratos, asseguraram a manuten��o do grau de investimento pela ag�ncia. Os maiores vencimentos da companhia, basicamente 95% em d�lar, est�o concentrados em 2025. A OEC � grau de investimento pelas tr�s ag�ncias de rating.

Contratos

As principais obras tocadas atualmente pela construtora no Pa�s s�o as das Olimp�adas e, de acordo com Rabello, em 2016 a OEC estar� envolvida na produ��o de contratos antigos como a linha 6 do metro de S�o Paulo, a rodovia 163, o aeroporto do Gale�o, citando as maiores.

L� fora, o contrato mais recente foi assinado em 12 de novembro no M�xico, pela Odebrecht Infraestrutura com a Pemex Transformaci�n Industrial, para obras que integram o projeto de amplia��o da Refinaria Miguel Hidalgo, or�ada em US$ 115 milh�es. Ainda em novembro, a Odebrecht Infraestrutura - �frica, Portugal e Emirados �rabes conquistou contrato para a constru��o de linhas de transmiss�o de energia em La�ca, Angola, no valor de US$ 797 milh�es.

Em outubro, o cons�rcio formado pela Odebrecht Infraestructura - Am�rica Latina e a espanhola Acciona venceu licita��o para a constru��o da Linha 1 do Metr� da cidade de Quito, com contrato de US$ 1,722 bilh�o, financiado pelo BID, pelo Banco Internacional de Reconstru��o e Desenvolvimento do Grupo Banco Mundial e pelo CAF.

No Panam�, o cons�rcio Nuevo Col�n, formado pela Odebrecht Infraestrutura Am�rica Latina e a empresa panamenha Constructora Urbana venceu licita��o em junho para reconstru��o da cidade hist�rica de Col�n, com a proposta no valor de US$ 537 milh�es. No mesmo m�s, o Metr� de Panam� confirmou o Cons�rcio Odebrecht/FCC Construcci�n vencedor da licita��o para a linha 2 do metr� da capital, uma obra de US$ 1,86 bilh�o financiada por bancos comerciais europeus, americanos e japoneses. O mesmo cons�rcio foi respons�vel pela constru��o da primeira linha do metr� da capital panamenha e da Am�rica Central, que entrou em opera��o em abril de 2014.


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