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Estado de Minas

Delc�dio � um pol�tico habilidoso que assombra o Planalto


postado em 26/11/2015 07:45

Bras�lia - O senador Delc�dio do Amaral (PT-MS), l�der do governo preso ontem pela Pol�cia Federal, � um pol�tico habilidoso que tem servido a todos os governos da hist�ria recente do pa�s, mas, curiosamente, ao ser detido ontem, estava tentando salvar a pr�pria pele nos desdobramentos do esc�ndalo da Petrobras. Hoje, ele assusta o Planalto como poucos personagens de Bras�lia. Filiado ao PT desde 2001, quando o partido desenhava a chegada ao poder com Luiz In�cio Lula da Silva, � considerado o mais tucano dos petistas. Por isso mesmo, o pr�prio partido jamais o defendeu explicitamente. O prest�gio recente que Delc�dio desfrutava se amparava no bom tr�nsito que tinha junto ao ex-presidente Lula e � presidente Dilma Rousseff.

Engenheiro eletricista, trabalhou por dois anos na Shell, na Europa e, em 1991, durante o governo de Fernando Collor, tornou-se diretor da Eletrosul, sendo o respons�vel pelo planejamento energ�tico da regi�o Sul. Tr�s anos depois, j� no governo de Itamar Franco, virou secret�rio-executivo do Minist�rio de Minas e Energia, tornando-se ministro da pasta de setembro de 1994 a janeiro de 1995. Muda o governo, come�a a gest�o tucana e Delc�dio aproxima-se do PSDB, filia-se ao partido em 1998 e integra a diretoria de G�s e Energia da Petrobras no auge da crise do apag�o, entre 2000 e 2001.

Os ventos pol�ticos delineiam a vit�ria do PT nas elei��es de 2002 e Delc�dio, mais uma vez, migra de posi��o, aproxima-se do governador de Mato Grosso do Sul, Zeca do PT, vira secret�rio de infraestrutura e, com o apoio do governador petista, elege-se senador em 2002. Tr�s anos depois, compra a maior briga com o partido que lhe abrigava. Presidiu a CPMI dos Correios, que embasou o processo do mensal�o no STF, levando caciques do partido como Jos� Dirceu, Jo�o Paulo Cunha e Jos� Genoino para a cadeia, e quase provocou o impeachment de Lula em 2005. “Traidor”, esbravejou o ent�o deputado Jorge Bittar (PT-RJ), dedo no rosto de Delc�dio, na tumultuada vota��o do relat�rio final feito pelo deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR). O texto foi aprovado.

Ele mantinha rela��es tamb�m com ex-presidente da Confedera��o Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, de quem recebeu R$ 100 mil para sua campanha a governador do MS, que seria oriundo de propina, segundo investiga��es. Delc�dio submerge, mas mant�m um v�nculo com Dilma por compartilharem conhecimentos sobre o setor energ�tico. Aos poucos, foi se reaproximando de Lula. Tanto que nos diversos encontros mantidos pelo ex-presidente com a c�pula peemedebista do Congresso, Delc�dio sempre esteve presente.


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