Rio - O ator e produtor Bernardo Cerver�, filho do ex-diretor da �rea Internacional da Petrobras Nestor Cerver�, foi saudado como "her�i nacional" nas redes sociais, mas tamb�m acusado de ser "farinha do mesmo saco". Ele � respons�vel pela grava��o da conversa que levou � pris�o o senador Delc�dio do Amaral (PT-MS), o banqueiro Andr� Esteves, presidente do Banco BTG Pactual, e outros alvos da Opera��o Lava Jato. Seu pai est� preso na carceragem da Pol�cia Federal em Curitiba.
J� na p�gina do grupo de ex-alunos do col�gio particular carioca onde o ator estudou, um post de desagravo � den�ncia dividiu os internautas. "Bernardo Cerver�, que se exp�s e botou o primeiro senador em exerc�cio de mandato na cadeia, que fez o Senado passar por esse constrangimento no dia de hoje (anteontem), � ex-aluno do CSVP (Col�gio S�o Vicente de Paulo)! Obrigado, Bernardo!", diz a primeira mensagem no grupo.
Em tom contr�rio, outro participante do grupo escreveu: "S� fez isso pra defender o pai bandido. � tudo farinha do mesmo saco".
Rea��o
Bernardo come�ou a estudar teatro no col�gio, onde o professor Almir Telles dava aulas extracurriculares na d�cada de 1990. O ator e diretor Diogo Vilela disse que foi surpreendido pela iniciativa de Bernardo, com quem j� trabalhou.
"Estamos neste momento do Brasil vivendo na encruzilhada dos riscos. Todo mundo est� precisando resolver o que est� acontecendo no Pa�s. E essa foi a medida que ele encontrou. E surpreendeu a todo mundo, acho que at� aos familiares. Porque foi um gesto definitivo para uma pessoa", declarou Vilela ao Estado.
Bernardo foi o produtor executivo da pe�a "Ary Barroso, do Princ�pio ao Fim", escrita, dirigida e encenada por Vilela. Ele tamb�m foi dirigido por Vilela na pe�a Jornada de Poema, em que o filho do ex-diretor da Petrobras atuou com a atriz Gl�ria Menezes. "Foi um conv�vio super afetivo, ele sempre com a filha. � um produtor excelente", afirmou Vilela. O ator acrescentou que j� n�o mantinha contato com Bernardo quando apareceram as primeiras den�ncias contra Cerver�.
No col�gio, os colegas lembram de Cerver� como "boa-pra�a", que n�o ostentava riqueza. No Rio, a institui��o � famosa por atrair fam�lias de perfil mais progressista. Seus alunos e professores tiveram participa��o ativa na milit�ncia contra a ditadura militar e nos protestos pelo impeachment do ex-presidente Fernando Collor - que foi aluno do col�gio.