
Em evento em Valente, a 238 quil�metros de Salvador, que reuniu cerca de 2 mil pessoas, segundo a assessoria, o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva pediu ajuda para o governo da presidente Dilma Rousseff. "Quero que voc�s imaginem a press�o que essa mulher est� sofrendo, as dificuldades que ela est� sofrendo. Antes de criticar, se coloquem no lugar dela. Para voc�s perceberem que n�s temos que ajud�-la. Esse Pa�s s� vai melhorar se cada um de n�s virar hoje e agora deputado, presidente e governador e n�o deixar que os companheiros sozinhos arquem com a responsabilidade", disse.
No ato "Territ�rios em Movimento: articula��o e gest�o para o desenvolvimento sustent�vel", organizado pela Rede Nacional de Colegiados Territoriais, Lula tamb�m disse que prefere n�o se eximir da responsabilidade pelo mandato da sucessora. "Eu poderia dizer 'eu sou ex-presidente, n�o tenho nada a ver com isso', 'sou um cidad�o comum, n�o tenho nada a ver com isso'. Mas a Dilma n�o � a Dilma. A Dilma n�o foi candidata porque ela quis ser. Ela foi candidata porque a gente precisava que uma mulher governasse este Pa�s uma vez na vida", afirmou.
Segundo o ex-presidente, quando est� tudo bem, "todo mundo � pai da crian�a", o que n�o acontece quando a crian�a n�o � t�o bonita. "Essa crian�a chamada Brasil � nossa e temos que cuidar dela", disse, nos minutos finais de um discurso de pouco mais de meia hora divulgado na �ntegra pelo site do Instituto Lula.
Lula reconheceu que o Brasil n�o est� vivendo um bom momento econ�mico, mas ressaltou que outros pa�ses, como Estados Unidos, Alemanha e Jap�o, tamb�m enfrentam problemas. Mas pediu que as pessoas n�o julguem a presidente antes do tempo. "Quando fui eleito, eu dizia: eu fui eleito para um mandato de quatro anos. N�o me julguem nem por um dia nem por um ano", afirmou.
O petista n�o mencionou a crise pol�tica ou a pris�o do correligion�rio Delc�dio Amaral (MS) e afirmou ser um "cidad�o muito otimista". Ele pediu para que os integrantes do movimento levassem a Dilma e ao ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, "sobretudo otimismo e autoestima de quem acreditou e acredita na capacidade dos trabalhadores de construir uma na��o diferentes da que vinha sendo constru�da".
O petista atribuiu os dados positivos da macroeconomia durante sua gest�o � microeconomia, com concess�o de cr�dito para pessoas mais pobres. Ele tem reiterado a necessidade de estimular o consumo interno, abalado pela crise atual. E afirmou que vale mais dar dinheiro aos mais pobres.
"Dilma, n�o acredita naqueles que v�m chorar no seu gabinete. Acredita no povo, porque as pessoas mais humildes n�o pedem nada, pedem respeito. E quando pedem alguma coisa, � uma quirela", afirmou, criticando a postura dos empres�rios que batem �s portas do governo em busca de recursos. "Ele pega R$ 5 bilh�es e, quando sai, a televis�o pergunta: 'E a�, doutor, o senhor gostou?' E ele diz: 'Ah, n�o foi o que a gente precisava'. Agora pegue R$ 20 e d� para uma pessoa humilde comprar o p�o de cada dia que ela vai ser agradecida pelo resto da vida porque ela n�o esquece quem � solid�ria com ela."
Lula ressaltou ainda a agenda social dos governos petistas e criticou a agenda negativa que toma conta do Pa�s. "Se algum de voc�s fosse pego desviando uma pitomba, j� teria sido manchete de jornal", afirmou. "Mas trabalhando, produzindo riqueza e organizando a sociedade, n�o espere, que n�o vai ter manchete. Porque esse Pa�s est� neste momento hist�rico predestinado �s coisas negativas, �s insinua��es, e n�o �s coisas reais que acontecem neste Pa�s." O ex-presidente afirmou que Dilma deu uma pausa nas pol�ticas sociais "para dar uma arrumada na casa", mas manifestou esperan�a de que a retomada aconte�a j� em 2016.