
O Conselho de �tica se re�ne nesta ter�a-feira, 1, para decidir se instaura ou n�o o processo contra Cunha. Os deputados petistas Valmir Prascidelli (SP), Z� Geraldo (PA) e L�o de Brito (AC), representantes do partido no colegiado, t�m alegado ao Planalto que enfrentam dificuldades em suas bases para votar a favor do peemedebista. Mas v�o rediscutir o posicionamento pela manh�, antes da sess�o.
Se os petistas atenderem ao pedido de Cunha, ele j� informou a interlocutores da presidente que segura o impeachment. "Est� nas m�os deles. Tudo depende do comportamento do PT", teria dito Cunha, segundo interlocutores da presidente.
Aliados do presidente da C�mara dizem que ele tem garantidos at� agora nove dos 11 votos de que precisa no Conselho de �tica. Os tr�s votos do PT s�o, portanto, considerados fundamentais para ele se livrar do processo de cassa��o.
Ap�s ter seu nome envolvido em mais um esquema de suposto recebimento de propina, Cunha decidiu ontem prorrogar duas CPIs que constrangem o governo, a do BNDES e a dos Fundos de Pens�o. Cunha disse a aliados que definir� hoje o prazo para prorroga��o das comiss�es.
'Conspira��o'
Ontem, o peemedebista almo�ou com o presidente em exerc�cio, Michel Temer, no Pal�cio do Jaburu. Mais uma vez, se queixou do que classifica como uma "arma��o" do Planalto e do procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, contra ele. O presidente da C�mara se referia a pap�is recolhidos pelos investigadores da Procuradoria-Geral da Rep�blica que apontariam suposto pagamento de R$ 45 milh�es em propina ao deputado, para alterar uma medida provis�ria que beneficiaria o banco BTG Pactual, de Andr� Esteves.
O banqueiro foi preso na quarta-feira passada por suspeita de tentar atrapalhar as investiga��es da Lava-Jato.
Cunha, que nega ter recebido vantagens indevidas, disse que suas emendas foram contr�rias aos interesses do banco e apresentou a Temer, durante o almo�o, os documentos em sua defesa. Ele chamou essa nova den�ncia contra ele de "conspira��o", que teria o "dedo do governo" e, nesse caso, considera que, al�m de Janot, o ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, teria responsabilidades no epis�dio.
De acordo com o material colhido pelos investigadores da Lava-Jato, depois que "tudo deu certo", Cunha e o banqueiro, entre outros, participaram de um jantar de comemora��o. O objetivo descrito no texto da MP era enquadrar as institui��es em regras internacionais mais r�gidas e prepar�-las para enfrentar a crise econ�mica de 2008. Colaborou Daiene Cardoso.