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Estado de Minas

PMDB ser� fiel da balan�a no processo de impeachment de Dilma

Partido tem a maior bancada na C�mara, com poder de barrar ou dar andamento ao processo de impeachment. Tem ainda o vice, Michel Temer, que assumiria o pa�s com afastamento de Dilma


postado em 03/12/2015 06:00 / atualizado em 03/12/2015 07:15

Michel Temer chegou a se declarar como nome para
Michel Temer chegou a se declarar como nome para "unir o pa�s" (foto: Elza Fi�za/Ag�ncia Brasil - 5/8/15)
Com a maior bancada na C�mara dos Deputados – com 66 parlamentares –, o PMDB ser� o fiel da balan�a no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, com o poder de influenciar de forma decisiva o resultado, seja qual for. Nos �ltimos tempos, nomes fortes do partido j� vinham pressionando pelo desembarque da legenda do governo petista. Por outro lado, integrantes da oposi��o avaliam como crucial a postura do partido no caso. Entendem que, se os peemedebistas ficarem, no m�nimo, divididos, o processo n�o tem chance de prosperar.

No Pal�cio do Planalto � dado como certo que a decis�o do presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) de acatar o pedido de impeachment teve o aval da c�pula do partido. Nos bastidores, auxiliares pr�ximos de Dilma avaliam que, temendo virar a bola da vez, o PMDB decidiu optar pelo impedimento de Dilma para pelo menos mudar o foco das aten��es. Al�m do pr�prio Cunha, o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL) e at� mesmo o vice-presidente Michel Temer t�m telhado de vidro por terem sido citados em investiga��es da Pol�cia Federal e podem estar tentando salvar a pr�pria pele.

Temer teria recebido sinais ao longo do dia apontando sobre a decis�o de Eduardo Cunha, mas, oficialmente, o vice-presidente tomou conhecimento no momento do an�ncio do presidente da C�mara. No caso de haver no pa�s um processo de impeachment, Michel Temer assumiria a presid�ncia do pa�s.

Temer foi indicado pelo PMDB, na vaga de vice de Dilma Rousseff, em 2010, quando era presidente nacional do partido e tamb�m presidente da C�mara dos Deputados. Na ocasi�o, o ent�o presidente Luiz In�cio Lula da Silva era favor�vel � indica��o do peemedebista Henrique Meirelles, mas venceu o PMDB. A indica��o ocorreu depois de Temer ter derrotado ala de seu partido, liderada pelo senador Pedro Simon, que defendia candidatura pr�pria � reelei��o.

Antes de assumir ao lado do PT, o peemdebista carregava a seu favor, a experi�ncia de ter presidido a C�mara por tr�s vezes. Mesmo assim, seu primeiro mandato � frente da vice-presid�ncia da Rep�blica chegou a ser considerado decorativo. A partir da reelei��o, Temer ganhou maior notoriedade se tornando o articulador pol�tico do governo, passando a acompanhar a vota��o de todos os temas de interesse, atuando na negocia��o de cargos, posto que assumiu at� agosto deste ano, quando deixou a fun��o para continuar na articula��o do Executivo com os demais poderes, com um papel de maior peso institucional.

O vice-presidente sempre se colocou contr�rio ao impeachment, mas, em pelo menos duas ocasi�es, chegou a declarar que � preciso que “algu�m tenha a capacidade de unir o pa�s”, apontando a gravidade da crise pol�tica e econ�mica. A frase provocou mal-estar dentro do PT. Se Temer decidir embarcar na articula��o a favor do impeachment, a chance de sucesso � quase certa. A esperar o pr�ximo passo.

Seis mandatos

Paulista de Tiet�, cidade a 120 quil�metros de S�o Paulo, aos 75 anos Michel Temer � considerado um dos homens mais influentes do pa�s. Ele � formado em direito pela Universidade de S�o Paulo (USP), � doutor pela Pontif�cia Universidade de S�o Paulo (PUC-SP) e tem livros publicados sobre o direito constitucional. A vida pol�tica come�ou em 1984, quando ele foi nomeado secret�rio de Seguran�a P�blica do Estado de S�o Paulo, onde ficou at� 1986, ano em que se elegeu suplente de deputado federal pelo PMDB. Foi deputado federal por seis mandatos.

Durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, de quem foi uma esp�cie de fiel escudeiro e um dos maiores defensores da reelei��o, Michel Temer foi presidente da C�mara dos Deputados por tr�s vezes. No cargo, assumiu a Presid�ncia da Rep�blica, interinamente, em janeiro de 1998 e em junho de 1999. Mais tarde, em 2004, disputou a Prefeitura de S�o Paulo, como vice na chapa encabe�ada por Luiza Erundina (PSB), mas n�o venceu o pleito.

O vice-presidente teve seu nome associado a den�ncias na Opera��o Caixa de Pandora, que investigou o mensal�o do DEM, esquema no Distrito Federal. O pol�tico negou qualquer envolvimento no esc�ndalo. Voltou a ser citado por delatores da Opera��o Lava-Jato de ser um dos contatos do PMDB com o esquema de propina na Petrobras.  (Com ag�ncias)

Pelo mundo

A abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff ganhou espa�o nos sites dos principais jornais do mundo.O espanhol El Pa�s colocou o assunto na manchete: “O Parlamento brasileiro abre o processo de destitui��o de Rousseff”, dizia o t�tulo. O americano Washington Post e o brit�nico “The Guardian” tamb�m repercutiram o tema. O espanhol El Pa�s chamou Eduardo Cunha de “ultraconservador” e afirmou que “seu descr�dito � completo”. O americano Washington Post classificou o peemdebista como “inimigo declarado” de Dilma e citou uma declara��o do l�der do PT no Senado, Humberto Costa, dizendo que “Cunha criou o n�vel mais baixo de chantagem que um pa�s pode ver”. O brit�nico The Guardian escreveu que o “Brasil deslizou mais profundamente para sua pior crise pol�tica no s�culo”.


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