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Estado de Minas

FHC diz que mercado prefere que haja impeachment de Dilma

"Eu vi que o mercado reagiu subindo, o que significa que prefere que haja o impeachment", afirmou o ex-presidente


postado em 04/12/2015 11:37 / atualizado em 07/12/2015 19:21

Fernando Henrique Cardozo, qu está em Lisboa, disse estar acompanhando as notícias dos últimos dias no Brasil
Fernando Henrique Cardozo, qu est� em Lisboa, disse estar acompanhando as not�cias dos �ltimos dias no Brasil "com certa apreens�o" e fez um progn�stico de semanas "tensas no Brasil" (foto: Christophe Simon )

Lisboa - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso considerou a rea��o do mercado financeiro � aceita��o do pedido de impeachment
da presidente Dilma Rousseff como um sinal de prefer�ncia dos agentes econ�micos pelo afastamento da petista. "Eu vi que o mercado reagiu subindo, o que significa que prefere que haja o impeachment", afirmou o ex-presidente na noite de quinta-feira, 3, em Lisboa, onde participa nesta sexta-feira da abertura de um debate sobre o futuro mundial na Funda��o Champalimaud.

O tucano disse ter acompanhado as not�cias dos �ltimos dias no Brasil "com certa apreens�o" e fez um progn�stico de semanas "tensas no Brasil". "O processo de impeachment � dif�cil para o Pa�s", afirmou FHC no sagu�o do hotel onde est� hospedado na capital portuguesa. O ex-presidente observou que o processo de julgamento e eventual cassa��o de um chefe do Executivo "n�o � uma coisa simples".

Na opini�o de FHC, a a��o do presidente da C�mara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de acatar o pedido de afastamento de Dilma enseja "um grande debate sobre a viabilidade pol�tica" do impeachment. "Tamb�m � preciso discutir com a popula��o", afirmou o tucano. Para ele, "se o sentimento se generalizar, a presidente ter� muita dificuldade de evitar o impeachment".

Presidente de honra do PSDB, Fernando Henrique disse que seu partido votar� a favor do impedimento de Dilma porque o pedido de abertura do processo tem como um dos autores o jurista Miguel Reale J�nior, que foi ministro da Justi�a de sua gest�o e tamb�m um dos advogados que fundamentou uma a��o do PSDB contra a petista no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). "Acho que provavelmente a vota��o (do PSDB) ser� favor�vel ao impeachment."

Em mar�o deste ano, o tucano disse que o eventual afastamento da presidente n�o adiantaria nada. "Tirar a presidente da Rep�blica n�o adianta nada. O que vai fazer depois?", questionou ele um dia ap�s um panela�o contra a presidente. Na ocasi�o, Fernando Henrique considerou que o modelo de presidencialismo de coaliza��o, chamado pelo tucano como de "presidencialismo de coopta��o", est� exaurido. O tucano disse que o sistema pol�tico est� "totalmente espatifado".

Em outra ocasi�o, ap�s os protestos contra a presidente em todo o Pa�s em 16 de agosto, FHC foi mais incisivo disse em texto postado em seu perfil no Facebook que "conchavos de c�pula" n�o devolvem legitimidade ao governo que, por isso, n�o consegue conduzir o Pa�s. Sem defender abertamente a ren�ncia, Fernando Henrique afirmou que Dilma precisaria de um "gesto de grandeza", como a ren�ncia ou assumir seus erros, para recuperar sua capacidade de governar.

"Se a pr�pria Presidente n�o for capaz do gesto de grandeza - ren�ncia ou a voz franca de que errou, e sabe apontar os caminhos da recupera��o nacional -, assistiremos � desarticula��o crescente do governo e do Congresso, a golpes de Lava Jato. At� que algum l�der com for�a moral diga, como o fez Ulysses Guimar�es, com a Constitui��o na m�o, ao Collor: voc� pensa que � presidente, mas j� n�o � mais", dizia a postagem.


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