Bras�lia - A Rede Sustentabilidade, partido da ex-senadora e ex-candidata � Presid�ncia da Rep�blica Marina Silva, decidiu que n�o vai apoiar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff por considerar que n�o haveria base constitucional para a sa�da da petista via a��o no Congresso Nacional. A sigla estuda uma nova a��o no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por considerar que a impugna��o da chapa Dilma-Michel Temer seria a melhor op��o dentro de um cen�rio de deteriora��o pol�tica.
J� existe uma a��o no TSE proposta pelo PSDB para cassar o diploma eleitoral de Dilma e Temer e o processo est� em fase de instru��o. A autoriza��o para o in�cio do tr�mite do processo foi dada no dia 6 de outubro e � a primeira a��o de impugna��o de mandato aberta contra um presidente da Rep�blica desde 1937. A Rede, no entanto, n�o definiu ainda se pretende apoiar a a��o j� em curso ou entrar com novo pedido de impugna��o.
Nas discuss�es que duraram toda quinta-feira, 3, os dirigentes do partido avaliaram que o impeachment no Parlamento � invi�vel porque o conjunto das investiga��es da Opera��o Lava Jato aponta envolvimento n�o s� do ex-tesoureiro do PT Jo�o Vaccari Neto, do ex-l�der do governo no Senado Delc�dio Amaral (PT-MS), mas do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e do presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Os caciques da legenda acreditam que pairam suspeitas sobre a presidente e seu vice. "N�o d� para dissociar Dilma de Temer", disse Pedro Ivo.
A Rede ter� direito a uma vaga na comiss�o especial que analisar� o processo de impedimento de Dilma na C�mara. "N�o h� entusiasmo da Rede com o impeachment. A tend�ncia � que votemos contra", disse o deputado Miro Teixeira (RJ).
O partido divulgou uma nota nesta sexta-feira, 4, assinada pela Comiss�o Executiva Nacional da Rede onde diz que peti��o aceita pela C�mara "n�o apresenta mat�ria nova em rela��o � anterior, j� analisada pela Rede como insuficiente para redundar em impeachment". Em outro trecho, por�m, o partido lembra que pedido feito pelo cidad�o "n�o � golpe, � um direito garantido pela Constitui��o".
A sigla tamb�m cobra a cassa��o do mandato de Cunha. "As manobras protelat�rias feitas at� o momento criam a situa��o an�mala e inaceit�vel de um presidente conduzindo a C�mara na condi��o de investigado por corrup��o, manipulando a institui��o em causa pr�pria, em meio a uma crise sem precedentes da qual ele � um dos causadores", diz o documento.