
A ex-senadora e ex-presidenci�vel Marina Silva (Rede) defendeu nesta sexta-feira, 4, em entrevista ao Broadcast Pol�tico, servi�o em tempo real da Ag�ncia Estado, que haja uma convoca��o extraordin�ria do Congresso em janeiro a fim de decidir o futuro tanto da presidente Dilma Rousseff quanto do presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-AL). O peemedebista - que � alvo de um pedido de abertura de processo por quebra de decoro parlamentar suspeito de mentir sobre a exist�ncia de contas no exterior supostamente abastecidas com dinheiro desviado da Petrobr�s - admitiu na quarta-feira, 2, um pedido de impeachment contra Dilma.
"Com certeza, n�s advogamos o afastamento do presidente Cunha at� porque os epis�dios que estamos vivendo demonstram que ele tem usado a sua fun��o para evitar o processo contra ele pr�prio. O afastamento dele est� em igual condi��o. A presen�a dele � um vetor da pr�pria crise. Se estamos preocupados em achar um desfecho para a crise, as duas coisas t�m de ser tratadas com igual celeridade", afirmou.
Para a ex-presidenci�vel, a continuidade das peladas fiscais em 2015 - um dos argumentos que justificaram a decis�o de Cunha de admitir o pedido de impeachment contra a presidente - � grave e a Rede vai participar da Comiss�o Especial com total isen��o para firmar sua convic��o "sem acordo de bastidores". Ela negou que, ao advogar pela a��o do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que pode cassar a chapa Dilma e o vice Michel Temer, esteja tratando o processo de impedimento do Congresso como uma quest�o de "menor import�ncia".
Marina disse que o Pa�s est� em estado de insolv�ncia em rela��o �s finan�as p�blicas e citou como exemplo o fato de o governo ter aprovado na quarta-feira, 2, a revis�o da meta fiscal no Congresso. A medida permite que o Executivo fa�a um d�ficit de at� R$ 120 bilh�es este ano. Ela defendeu uma a��o r�pida do Congresso na quest�o envolvendo Dilma e Cunha para evitar o agravamento das crises econ�mica, social e pol�tica.
"O Pa�s corre o risco de perder mais uma vez o grau de investimento por outra ag�ncia de classifica��o", disse. Segundo ela, como Pa�s est� numa situa��o dram�tica, h� uma possibilidade "muito grande" que isso ocorra, o que ter� consequ�ncias danosas para o Brasil, que j� est� em recess�o.
Para Marina, n�o se pode prolongar indefinidamente a crise. Ela defendeu que, apesar de toda urg�ncia para a situa��o de emerg�ncia, � preciso que a sociedade possa se manifestar