O ex-ministro da Integra��o Nacional, Ciro Gomes, atual presidente da Companhia Sider�rgica Nacional (CSN) acusou neste s�bado, em Belo Horizonte, o vice-presidente da Rep�blica, Michel Temer (PMDB) de ser o “capit�o do golpe” que, segundo ele, tenta interromper a “normalidade democr�tica” no pa�s.
Depois de criticar duramente o governo de Dilma Rousseff (PT), contra o qual conclamou a popula��o a derrot�-lo nas urnas em 2018, Ciro Gomes sustentou: “O impeachment � rem�dio grave, absolutamente excepcional que s� se pode usar em uma �nica circunst�ncia: o cometimento de crime de responsabilidade, dolosamente, ou seja conscientemente praticado pela presidente da Rep�blica”. Segundo ele, n�o h� este fato, mas antes, o que existe em sua avalia��o � a “escalada golpista” que manipula protocolos, “filigramas formais de contabilidade p�blica” que considerou precedentes de todos os governantes.
Comparando a atua��o do falecido vice-presidente da Rep�blica Jos� Alencar Gomes da Silva durante a crise do Mensal�o em 2006 e a atua��o de Michel Temer, Ciro Gomes disse:"Veja os movimentos, as declara��es do Jos� Alencar naquela crise grav�ssima que o Lula passou e o que Michel Temer anda fazendo ultimamente. E voc� ver� a diferen�a brutal entre um homem de bem e um golpista". Segundo Ciro Gomes, a escolha de Michel Temer para compor a chapa de Dilma foi uma "imprud�ncia" de Lula. "Ter colocado este PMDB na linha de sucess�o do Pa�s sempre foi por mim denunciado como imprud�ncia e isso agora vai se revelar de forma dram�tica"
"Rem�dio para governo que n�o se gosta, rem�dio para governo ruim, n�o � interromper o itiner�rio da normalidade democr�tica, porque isso introduz vari�vel de instabilidade que demora 20 anos para superar", afirmou Ciro Gomes. Citando a Venezuela como o exemplo que n�o se deve desejar para o pa�s, ele afirmou: "A elite da Venezuela � muito pior do que a fra��o pior que a elite brasielira tem. E l� se criou essa conflagra��o, essa confronta��o odienta que deixa o pa�s ingovern�vel e que est�o querendo criar no Brasil. E o Brasil n�o merece pagar esse pre�o", afirmou, criticando o acirramento dos �nimos. "Por que n�o fazemos press�o para derrubar a Dilma nas pr�ximas elei��es? Por que a gente faz press�o e d� um prazo pra ela mudar de rumo? Isso � o que cabe na democracia", defendeu.
Com a candidatura � presid�ncia confirmada para 2018 pelo presidente do PDT, Carlos Lupi o partido procura se firmar como alternativa � polariza��o entre petistas e tucanos. “N�o estamos aqui julgando m�ritos de governo. Acho que h� esgotamento tanto do PT quanto do PSDB. Est� um ciclo vicioso, a popula��o n�o aguenta mais. Mas o rem�dio para isso � a elei��o. Temos de preparar candidatos. Isso � o que o PDT est� fazendo”, disse Carlos Lupi. O PDT tamb�m reiterou hoje a candidatura do deputado estadual Sargento Rodrigues para a Prefeitura de Belo Horizonte.