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Estado de Minas

Cen�rio do processo de impeachment de Dilma tem atores em comum com a sa�da de Collor


postado em 06/12/2015 06:00 / atualizado em 06/12/2015 08:24

O processo de impeachment que come�a a se desenrolar na C�mara dos Deputados contra a presidente Dilma Rousseff tem atores comuns com a cassa��o do mandato do presidente Fernando Collor de Mello (PRN-AL), que ocorreu h� 23 anos. No cen�rio de deposi��o do primeiro presidente eleito pelo voto direto depois da ditadura militar, estavam pe�as-chave, como o atual presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), al�m dos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Luiz In�cio Lula da Silva (PT), tamb�m figuras de peso neste novo jogo de impeachment.

Cunha, que, como presidente da C�mara dos Deputados, aceitou o pedido de abertura de processo contra Dilma –, era vidra�a em 1992. Ele atuou como auxiliar do tesoureiro de Collor, Paulo C�sar Farias, na arrecada��o de recursos para a campanha do alagoano. Com a vit�ria nas urnas, Collor n�o esqueceu o colaborador fiel e o indicou para a presid�ncia da Telerj, empresa de telefonia do Rio. Assim como enfrenta hoje acusa��es de cobran�a de propina em contratos da Petrobras, � �poca, Cunha foi acusado de firmar um contrato sem licita��o com empresa no valor de R$ 95 milh�es. Mas foi retirado do cargo em raz�o de irregularidades.

Outro peemedebista importante no governo Collor foi Renan Calheiros, � �poca, indicado para a vice-presid�ncia executiva da Petrobras Qu�mica (Petroquisa), subsidi�ria da Petrobras, onde atuou at� 1994. Hoje, como presidente do Senado, ele diz se manter na base aliada do governo, mas j� teve enfrentamentos com o governo Dilma.

Lula mant�m a mesma import�ncia pol�tica. Depois de ser derrotado por Collor na elei��o presidencial de 1989, assumiu o comando da ferrenha oposi��o a seu rival e perdeu mais duas disputas pelo Pal�cio do Planalto at� ser eleito presidente em 2002 e reeleito em 2006. Agora, � fundamental para mobilizar for�as e aglutinar o PT, para evitar que sua sucessora caia em desgra�a.

Hoje na presid�ncia de honra do PSDB, o ent�o senador Fernando Henrique Cardoso ainda manteve um flerte com Collor. Trocou afagos com Dilma, mas, no atual cen�rio, defende o impeachment e mais: a ren�ncia para evitar maiores desgastes para o pa�s. Outro pe�a importante, o jurista H�lio Bicudo, que foi signat�rio da cassa��o de Collor e agora autor do pedido contra a petista, se vangloria da experi�ncia que tem neste �rido processo pol�tico. (Colaborou Pedro Rocha Franco)

Eles estavam no comando dos tr�s poderes em 1992

Fernando Collor de Mello, senador e ex-presidente da Rep�blica

Al�m de deixar a Presid�ncia da Rep�blica, Collor teve seus direitos pol�ticos cassados por oito anos e retornou � pol�tica para se candidatar a senador pelo PTB de Alagoas. Vitorioso, j� est� em sua segunda legislatura. � um dos investigados por suspeita de envolvimento na Opera��o Lava-Jato, que investiga o esquema de corrup��o na Petrobras, tendo, inclusive, bens apreendidos. Acusa a Procuradoria-Geral da Rep�blica de persegui-lo.

“A presidente est� privada de instrumentos essenciais de coordena��o, de concerta��o pol�tica para sair da crise em que colocou seu governo”

Ibsen Pinheiro


Depois de deixar a presid�ncia da C�mara, a qual ocupou no per�odo de 1991 a 1993, Ibsen teve depois seu mandato cassado por envolvimento com o esc�ndalo dos An�es do Or�amento. Absolvido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), ele se candidatou a deputado federal em 2006 e, agora, ocupa uma cadeira na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. No in�cio do ano, assumiu a presid�ncia do PMDB no estado.

Sydney Sanches, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal

No comando do Supremo Tribunal Federal � �poca do impeachment do presidente Fernando Collor de Mello, Sydney Sanches, hoje ministro aposentado, foi convidado a elaborar um parecer sobre a viabilidade de um processo semelhante contra Dilma Rousseff (PT), mas recusou. Ele mant�m um escrit�rio de advocacia.

‘‘Recusei porque poderia parecer que estou querendo influenciar a opini�o p�blica apenas porque participei de outro processo de impeachment”



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