(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Governo e oposi��o procuram setor produtivo, que pede decis�o r�pida sobre impeachment


postado em 07/12/2015 08:06 / atualizado em 07/12/2015 17:52

Defensores do impeachment da presidente Dilma Rousseff, ministros de Estado e l�deres da base aliada ao governo federal intensificar�o a partir desta segunda-feira, 7, a busca por apoios entre os empres�rios, considerados fundamentais pelos dois lados da disputa, deflagrada quarta-feira passada e que pode levar a interrup��o do atual mandato da petista.

Os primeiros contatos foram feitos na sexta-feira e no fim de semana por emiss�rios do Pal�cio do Planalto, do PSDB (partido � frente da oposi��o) e at� do vice-presidente Michel Temer (PMDB) que possui uma rede privilegiada de interlocutores na economia.

Por enquanto, o recado transmitido ao mundo pol�tico foi claro: o setor produtivo tem pressa em encontrar uma solu��o para a crise pol�tica. A grande preocupa��o dos empres�rios � adentrar 2016 longe de uma defini��o, o que geraria impactos negativos na economia.

O temor de empres�rios ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo e relatado aos pol�ticos � que o processo de impeachment se arraste at� a metade do primeiro semestre do ano que vem e comprometa o planejamento e, consequentemente, os resultados do ano como um todo.

Para o Planalto, se o empresariado fechar quest�o a favor do impeachment e transmitir esse recado para o Congresso e para as ruas, a hoje favor�vel situa��o de Dilma no Parlamento - 212 deputados votam com o governo 90% das vezes, conforme mostrou ontem o Estad�o Dados - ficar� muito dif�cil de ser mantida.

O mesmo racioc�nio vale para a oposi��o. De acordo com um senador ouvido pela reportagem, h� entre os empres�rios a "sensa��o de que o Brasil est� sem governo". Segundo ele, essa percep��o ainda � insuficiente para que o setor produtivo se decida pela substitui��o da presidente, por�m, � mais forte do que esteve em outros momentos, quando a tese do impeachment foi colocada com mais for�a pelos agentes pol�ticos.

'Confian�a'

Dilma escalou seus auxiliares diretos e colaboradores na �rea econ�mica para conversar com o chamado "PIB brasileiro". A orienta��o do Planalto � tentar transmitir "confian�a" ao empresariado, dizendo que a presidente est� "tranquila" e tem "total condi��o de recuperar a economia do Pa�s, desde que esteja livre da crise pol�tica provocada por seus opositores", conforme relatou ao Estado um dos ministros convocados pela petista para a miss�o.

A avalia��o governista � de que a gest�o Dilma Rousseff perdeu terreno no empresariado, principalmente ap�s a perda do grau de investimento do Pa�s, em setembro, mas que ainda � poss�vel retomar apoios com a afirma��o de que a gest�o dela avan�ou a caminho de recuperar as contas p�blicas, com a rejei��o � pauta-bomba do Congresso, por exemplo.

'Fator Temer'

A oposi��o � Dilma confia na capacidade de articula��o do vice-presidente com os empres�rios - o que os tucanos chamam reservadamente de "Fator Temer". O peemedebista ainda tem mostrado reserva em procurar ele pr�prio o PIB nacional para se apresentar como alternativa de poder. Por�m, o programa do PMDB para a economia, bancado e lan�ado por Temer m�s passado em Bras�lia, foi entendido como um recado claro de que ele est� atento � necessidade de priorizar e incrementar a atividade econ�mica. No texto Uma Ponte para o Futuro o partido alerta para o risco de o Pa�s atravessar um longo per�odo de estagna��o e prega a necessidade de mudan�as estruturais.

Temer tamb�m possui bom tr�nsito com duas das mais importantes entidades empresariais do Pa�s, a Federa��o das Ind�strias do Estado de S�o Paulo (Fiesp) e a Federa��o das Ind�strias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). Dilma conta com a ajuda da Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI) para equilibrar o jogo. O ex-presidente da CNI Armando Monteiro � ministro do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior e foi um dos escalados para negociar apoios contra o impeachment.

Na quarta-feira, poucas horas depois de o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ter anunciado a abertura do processo de impeachment, o empres�rio Paulo Skaf, presidente da Fiesp, fazia um discurso no qual cobrava mudan�as por parte do governo e dizia que a crise econ�mica s� ser� resolvida se a turbul�ncia pol�tica terminar. Skaf � filiado ao PMDB.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)