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Estado de Minas

An�lise de contas vira arma de Cunha

"Vamos utilizar o julgamento das contas da presidente para colocar o governo contra a parede nessa hist�ria de suspender o recesso", disse o deputado Paulinho da For�a, um dos dos principais aliados do presidente da C�mara, deputado Eduardo Cunha


postado em 07/12/2015 09:23 / atualizado em 07/12/2015 17:53


Aliados do presidente da C�mara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pretendem usar a vota��o das contas da presidente Dilma Rousseff de 2014 no Congresso Nacional para pressionar o governo a desistir da ideia de suspender o recesso parlamentar. Se o Pal�cio do Planalto insistir em manter o Senado e a C�mara funcionando em dezembro e janeiro, a estrat�gia � acelerar a an�lise do balan�o da Uni�o, que cont�m irregularidades reprovadas em relat�rio do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU).

Um eventual rev�s para o governo na Comiss�o Mista de Or�amento (CMO), respons�vel por emitir o parecer sobre as contas, refor�aria o discurso pr�-impeachment da oposi��o. O pedido de afastamento de Dilma, acolhido na �ltima semana pelo presidente da C�mara, se baseia justamente em falhas apontadas pelo TCU no balan�o de 2014, que teriam se repetido em 2015.

"Vamos utilizar o julgamento das contas da presidente para colocar o governo contra a parede nessa hist�ria de suspender o recesso. A vota��o das contas � tudo que eles menos querem, porque pode ser mais um argumento para o impeachment", disse o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da For�a (SP), presidente nacional do Solidariedade.

Inicialmente a favor da suspens�o do recesso, o parlamentar defende agora que os parlamentares n�o trabalhem em dezembro e janeiro. "Precisamos fazer negocia��es durante esse per�odo. Precisamos de mobiliza��o, mas, no final do ano, o povo n�o quer saber disso, vai � passear, para a praia", afirmou Paulinho, um dos maiores defensores de Eduardo Cunha na C�mara.

A mudan�a de posi��o tamb�m ocorreu com outros parlamentares da oposi��o na C�mara. Para eles, o Executivo est� querendo acelerar a an�lise do impeachment para evitar que mais adiante, num eventual cen�rio de maior insatisfa��o popular, cres�a a press�o das ruas pelo afastamento de Dilma.

O plano dos aliados de Cunha, contudo, deve esbarrar em uma quest�o regimental, uma vez que o processo que avalia as contas da petista deve demorar a ter um desfecho na CMO. Na avalia��o da senadora Rose Freitas (PMDB-ES), que preside o colegiado, a estrat�gia n�o dar� certo porque a comiss�o tem at� 77 dias para dar parecer e deliberar sobre as contas de Dilma, prazo que se encerraria em 20 de janeiro. "O prazo � obrigat�rio. N�o h� como negociar para adiantar a avalia��o das contas de Dilma", explica Rose.

O colegiado tem se mostrado favor�vel � aprova��o de mat�rias do interesse do governo, como a revis�o da meta fiscal de 2015 e a Proposta de Emenda � Constitui��o (PEC) que prorroga a Desvincula��o de Receitas da Uni�o (DRU).

Celeridade

O governo tem defendido suspender o recesso parlamentar para terminar de votar as mat�rias or�ament�rias e, principalmente, dar celeridade na an�lise do processo de impeachment. A leitura do Planalto � de que a vota��o mais r�pida do pedido de afastamento da petista favoreceria a presidente.

Conselho de �tica

A press�o dos aliados de Eduardo Cunha para que o governo desista de suspender o recesso parlamentar e o processo de impeachment seja votado o mais breve poss�vel vai al�m da inten��o de estender o calv�rio da presidente Dilma. A interrup��o dos trabalhos na C�mara d� mais tempo para o peemedebista trabalhar para arregimentar os votos necess�rios para livr�-lo do processo do qual � alvo no Conselho de �tica da Casa.

A inten��o de Cunha de ganhar tempo, no entanto, esbarra no presidente do conselho, deputado Jos� Carlos Ara�jo (PSD-BA), que � a favor da continua��o dos trabalhos. "Se for convocada a comiss�o, o Conselho de �tica tem que ser convocado tamb�m", disse.

Ara�jo pretende p�r em vota��o ainda nesta semana o parecer preliminar pela admissibilidade do processo contra o peemedebista. "Minha inten��o � limpar a pauta e encerrar a vota��o na quarta-feira", disse ele, minimizando a possibilidade de medidas protelat�ria de Cunha e seus aliados no colegiado.


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