
O ex-ministro da Secretaria de Avia��o Civil Eliseu Padilha (PMDB-RS) afirmou nesta segunda-feira, 7, ter raz�es pessoais, partid�rias e funcionais para justificar sua sa�da do governo da presidente Dilma Rousseff. Em entrevista coletiva na sede da Presid�ncia do PMDB, no Congresso, ele disse ter entregado a carta de demiss�o em 1º de dezembro, um dia antes de o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ter admitido a abertura de um processo de impeachment contra Dilma.
Padilha relatou a conversa que teve h� instantes na qual pediu a Dilma e ao ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, para ser exonerado do cargo. Ele disse ser um quadro do PMDB, indica��o pessoal do vice-presidente e presidente do PMDB, Michel Temer. Segundo ele, Temer queria algu�m no partido para conversar com os diret�rios regionais, uma vez que a legenda tem "projeto" para as elei��es municipais de 2016 e gerais de 2018.
Na quest�o pessoal, o ex-ministro disse que gostaria de retomar sua atividade particular, por ser advogado e empres�rio. Padilha destacou ainda, em rela��o �s dificuldades funcionais, n�o ter conseguido cumprir tarefas como ministro. Segundo ele, a "realidade or�ament�ria" n�o permitiu o uso de recursos do Fundo Nacional de Avia��o Civil (Fnac), que tem sido contingenciado para ajudar o governo a cumprir a meta fiscal.
"Assumi compromissos que, por for�a das circunst�ncia, n�o foram cumpridos", admitiu. Ele disse que estava dif�cil continuar a dar explica��es, como no caso do plano de constru��o de aeroportos regionais, medida que ainda n�o saiu do papel. "Se h� um culpado por isso fui eu que me empolguei", completou.
O ex-ministro disse que o epis�dio envolvendo a retirada pelo governo da indica��o do economista Juliano Alc�ntara Noman, atual secret�rio de Navega��o A�reo Civil da SAC e que j� foi o n�mero dois de Padilha, para ocupar a diretoria da Ag�ncia Nacional de Avia��o Civil (Anac) o fez decidir pela sa�da do governo. Contudo, destacou que esse n�o foi o �nico motivo. "N�o foi esse epis�dio da Anac isoladamente", disse.