
Ap�s entregar o cargo, o ex-ministro da Secretaria de Avia��o Civil (SAC), Eliseu Padilha (PMDB-RS) negou nesta segunda, 7, fazer parte de uma conspira��o ao lado do vice-presidente da Rep�blica e presidente do PMDB, Michel Temer. Ele rebateu boatos que o colocam como um dos l�deres de um "golpe" na presidente Dilma Rousseff pelas vias do processo de impeachment.
"Quem me conhece e conhece o presidente Michel Temer sabe que conspira��o n�o cabe no nosso vocabul�rio. Ningu�m espere golpe de Michel e de mim. N�o seremos parceiros de golpe nenhum", enfatizou, em entrevista coletiva no gabinete da presid�ncia do PMDB no Congresso Nacional.
Padilha disse ainda que Dilma n�o est� sendo abandonada pelo PMDB, mas afirmou que n�o poderia atender ao pedido da presidente - feito no Pal�cio do Planalto antes da coletiva - para continuar no cargo. "Interpreto a manifesta��o de Dilma como um refor�o para que eu revisasse a minha posi��o", limitou-se a avaliar.
O peemedebista descartou articular dentro do partido pela aprova��o do impeachment pelo Parlamento. "N�o vou me apresentar como articulador do impeachment no PMDB", garantiu. "O PMDB est� literalmente dividido em rela��o ao impeachment. O presidente Michel Temer sempre soube lidar com divis�es e temos que ver quais s�o os segmentos majorit�rios do partido", alegou.
O agora ex-ministro lembrou que o partido n�o � apenas a C�mara dos Deputados e o Senado, mas tamb�m os 27 diret�rios estaduais. "Michel � presidente do PMDB h� mais de uma d�cada, o que n�o � f�cil politicamente. Ele tem habilidades pol�ticas singular�ssimas. Como dizia Ulysses Guimar�es, um l�der n�o deve imprimir sua vontade, mas exprimir a vontade do partido. Minha posi��o pessoal n�o importa", completou.
Padilha evitou comentar a hip�tese de o PMDB deixar o governo - entregando todos os cargos - antes da pr�xima conven��o nacional do partido, marcada para mar�o de 2016. "Se o partido tomar essa posi��o, ter� que ser na conven��o nacional", concluiu.