Obama fala com Dilma sobre acordo do clima

Os presidentes Dilma Rousseff e Barack Obama conversaram na segunda-feira, 7, por telefone sobre a 21ª Confer�ncia do Clima das Na��es Unidas (COP-21), realizada em Paris, e se comprometeram a trabalhar juntos por um acordo "ambicioso" sobre mudan�a clim�tica at� a conclus�o do encontro, na sexta-feira, 11. Segundo nota divulgada pela Casa Branca, os dois governantes concordaram em permanecer em contato durante o andamento das negocia��es na capital francesa.

"Ambos os l�deres enfatizaram seu compromisso pessoal de alcan�ar um acordo sobre mudan�a clim�tica ambicioso e seu interesse em trabalhar juntos para o �xito (do encontro)", disse a nota da Casa Branca.

O combate � mudan�a clim�tica � uma das prioridades de Obama, que pretende deixar um legado nessa �rea quando sair do governo, em janeiro de 2017. Mas o presidente enfrenta a oposi��o dom�stica do Partido Republicano, que promete rejeitar qualquer tratado que seja apresentado ao Congresso com metas de redu��o de emiss�es que provocam o efeito estufa.

Por isso, Obama defende que o acordo a ser alcan�ado em Paris n�o tenha car�ter legalmente vinculante em rela��o aos compromissos de corte de emiss�es dos pa�ses.

Para os americanos, apenas os mecanismo de verifica��o das promessas realizadas pelos governos deve ter car�ter obrigat�rio. Nesse formato, o acordo n�o teria a natureza de um tratado internacional e poderia entrar em vigor sem a chancela do Congresso americano.

Volunt�rias

Negociadores de pa�ses desenvolvidos e em desenvolvimento concordaram ontem, em Paris, que na��es emergentes far�o "contribui��es volunt�rias" para a��es de financiamento � adapta��o �s mudan�as clim�ticas. O tema, uma das bandeiras da C�pula do Clima, era at� aqui um dos grandes pontos de controv�rsia do rascunho do acordo que foi apresentado no s�bado.

Pela Conven��o-Quadro das Na��es Unidas para Mudan�as Clim�ticas (UNFCCC), os pa�ses desenvolvidos e em desenvolvimento t�m "responsabilidades comuns, mas diferenciadas", em raz�o do hist�rico de emiss�es de gases de efeito estufa na atmosfera - muito maior no caso de pa�ses ricos. Obter dos emergentes, como China ou Brasil, um sinal de boa vontade em rela��o �s a��es de financiamento era um dos pontos-chave da diplomacia americana em Paris.

Na segunda-feira, o embaixador do Brasil em Washington, Luiz Alberto Figueiredo, disse que o ponto de entendimento sobre o tema est� pr�ximo.