O ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, afirmou nesta quinta-feira, 10, que ainda n�o h�, por parte do Planalto, uma defini��o sobre as rela��es com o novo l�der do PMDB na C�mara, Leonardo Quint�o (MG), e disse que o governo "n�o foi comunicado" sobre a troca da lideran�a do principal partido da base aliada da presidente Dilma Rousseff.
"Esse procedimento s� ser� avaliado a partir do momento em que formos comunicados disso. N�o fomos comunicados. Portanto, n�o temos nada a dizer sobre isso, respeitando a autonomia do PMDB", afirmou em coletiva de imprensa.
O Planalto trabalhou pela manuten��o do ent�o l�der Leonardo Picciani (RJ). Com a destitui��o do peemedebista fluminense, perdeu um aliado fundamental na busca de apoio do PMDB contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
A atua��o do vice-presidente, Michel Temer, segundo integrantes do PMDB, foi crucial para a destitui��o de Picciani. O novo l�der j� avisou, inclusive, que as decis�es da bancada tamb�m passar�o por Temer.
Supremo
Berzoini afirmou tamb�m que ainda n�o h� por parte do governo uma estrat�gia para acompanhar o julgamento pelo pleno do Supremo Tribunal Federal sobre a decis�o que suspendeu a forma��o da comiss�o especial na C�mara para analisar o pedido de impeachment.
"Ainda n�o tenho nenhuma orienta��o sobre isso. � um assunto que envolve quem prop�s a��o e aqueles interessados em contest�-la", disse.
Na ter�a-feira, 8, o ministro do STF, Edson Fachin, suspendeu a comiss�o ap�s uma a��o ingressada pelo PCdoB que contestou a vota��o secreta e marcou para o pr�ximo dia 16 a sess�o na qual submeter� sua decis�o ao pleno.
Ontem, Fachin afirmou ainda que ir� propor na sess�o do dia 16 um rito de impeachment para evitar que o procedimento contra a presidente Dilma seja alvo de questionamento na Corte at� o fim do seu processamento.
Para Berzoini, a manifesta��o do ministro do Supremo "� boa para o Pa�s". "O Supremo poder� de maneira transparente examinar a mat�ria. E como a Lei tem aspectos omissos � bom que haja uma defini��o para n�o ficar s� na luta pol�tica", disse. "Acreditamos que o STF tem distanciamento suficiente, at� pelo seu papel constitucional, para debater essa quest�o longe do calor da quest�o pol�tica", completou.
Manifesta��es
O ministro disse ainda que o governo n�o fez nenhum tipo de previs�o sobre manifesta��es contr�rias a presidente, marcadas para o pr�ximo dia 13. "Estamos num momento que esse assunto est� tomando conta de v�rios meios de comunica��o e evidentemente � natural que aqueles que tem simpatia ou contrariedade essa proposta fa�am suas tentativas de mobiliza��o", disse.
Para Berzoini, as manifesta��es s�o naturais da democracia. "O processo democr�tico absorve essas manifesta��es para formar opini�o. N�o vejo problema", disse.