Bras�lia – Em tom de provoca��o ao governo da presidente Dilma Rousseff, o presidente da C�mara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nessa quinta-feira (9) que a exonera��o do vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias da Caixa, F�bio Cleto, "foi bom" para o curr�culo dele. O servidor p�blico � aliado do peemedebista e a demiss�o foi feita como retalia��o do Pal�cio do Planalto.
"� uma pessoa que eu conhe�o, mas que n�o vejo h� bastante tempo. � um profissional de qualifica��o", disse. A exonera��o ocorre 15 dias ap�s a deflagra��o do processo de impeachment contra a petista pelo peemedebista. H� apenas dois dias, Cleto havia sido reconduzido para representar a Caixa no comit� que avalia os investimentos do Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Servi�o (FI-FGTS). O executivo de 39 anos � formado em administra��o de empresas pela FGV (Funda��o Get�lio Vargas) e j� trabalhou em institui��es como Dresdner Bank e Ita�.
Ministro ataca peemedebista
O ministro do Trabalho e Previd�ncia Social, Miguel Rosseto, criticou ontem em Belo Horizonte, durante a posse do novo superintendente regional da pasta em Minas Gerais, Ubirajara Alvez de Freitas, o processo de cassa��o da presidente Dilma, aberto pelo presidente da C�mara, Eduardo Cunha, um parlamentar que, segundo ele, diminuiu o Legislativo. Segundo ele, o processo de cassa��o da presidente foi aberto por um parlamentar que “est� sendo cassado pelos seus maus-feitos que se somam a cada dia, a cada semana”. “E que infelizmente ainda preside a C�mara dos Deputados. Um parlamentar que diminui a C�mara com sua conduta de utilizar a sua representa��o para defender o que � indefens�vel”.
O ministro disse acreditar “na consci�ncia democr�tica” do Congresso Nacional, do povo brasileiro e das institui��es. “Essa aventura ser� derrotada, a democracia ser� reafirmada e nos iremos rapidamente retornar uma agenda que interessa ao povo brasileiro”.
Rosseto disse que o ano de 2015 foi dif�cil para o pa�s, mas que a crise pol�tica est� agravando a econ�mica e trazendo um clima de inseguran�a. “Essa instabilidade pol�tica n�o interessa ao pa�s”, disse o ministro, que garantiu que apesar da crise o governo n�o est� parado. Ele defendeu que o processo contra a presidente seja o mais breve poss�vel, porque o “Brasil tem assuntos coisas mais importantes e urgentes para tratar, como uma agenda de desenvolvimento e crescimento”.