O vice-presidente Michel Temer e a presidente Dilma Rousseff est�o “rompidos” h� mais de um ano na pequena Tiet�, cidade natal do peemedebista, na regi�o metropolitana de Sorocaba, no interior de S�o Paulo. O descolamento da dupla ocorreu em 12 de setembro de 2014, em plena campanha presidencial, quando ningu�m imaginava o turbilh�o pol�tico que viria pela frente.
Apesar de ter assumido a miss�o de fortalecer a campanha da chapa no interior paulista, naquele dia Temer foi at� sua cidade inaugurar um comit� no qual ele parecia ser o presidenci�vel.
A presta��o de contas do vice mostra que sua campanha em 2014 gastou R$ 3.100 para produzir materiais espec�ficos para a cidade natal. O prefeito Manoel David (PSD), adotado politicamente por Temer, recebeu a tarefa de garantir a vit�ria simb�lica e afetiva do vice na cidade. Mas a estrat�gia n�o deu resultado e a chapa PT-PMDB recebeu apenas 3.320 votos no 1º turno, contra 4.093 de Marina Silva (PSB) e 12.422 de A�cio Neves (PSDB). “O resultado n�o foi dos melhores. No 2º turno, A�cio ganhou aqui com aproximadamente oito em cada dez votos”, conta o prefeito.
Quase um ano depois da segunda posse da dupla, moradores de Tiet�, familiares e amigos de inf�ncia do vice-presidente dizem que o munic�pio vive agora um clima de reconcilia��o com seu filho ilustre.
Na pra�a central da cidade, at� uma placa foi instalada com um poema de Temer chamado O Rel�gio, do seu livro An�nima Intimidade, que re�ne “pensamentos” anotados pelo vice em guardanapos de papel durante viagens a�reas entre Bras�lia e S�o Paulo: “Ontem o vi. As horas batiam fortes. Estava alegre. Ser� o rel�gio ou serei eu?”.
O prefeito Manoel David conta que o vice-presidente se empenhou na estrat�gia de reconquistar os eleitores da terra natal. "Dr. Michel trouxe ultra-som, posto de sa�de e uma passarela de pedestres. J� consegui cadastrar mais de R$ 50 milh�es em obras p�blicas no governo federal", conta. “Dizem em Bras�lia que Tiet� n�o tem portas em Bras�lia.”
Para ilustrar esse empenho do vice, David conta um epis�dio que o impressionou. "Ele ligou para o Gast�o Vieira, ent�o ministro do Turismo, e disse: estou com o prefeito da minha cidade aqui. Se eu n�o ajudar ele, n�o posso mais voltar para l�. Receba ele a� e veja o que pode fazer".