Bras�lia – Os protestos pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff retornaram ontem em pelo menos 100 cidades de v�rias regi�es do pa�s, ap�s um intervalo de quatro meses. Eles reuniram, por�m, menos pessoas do que os �ltimos, realizados em mar�o, abril e agosto. Os organizadores dos protestos, como o Movimento Brasil Livre e o Vem pra Rua, afirmaram que j� esperavam ades�o menor, uma vez que se trata da retomada do movimento de rua pr�-impeachment. Seria, segundo eles, um “aquecimento” para protestos maiores no ano que vem. Em grandes capitais como Rio, Bras�lia e Curitiba, os participantes n�o chegaram a um quarto do registrado nos atos de agosto. Bras�lia reuniu 6 mil manifestantes neste domingo, contra 25 mil no protesto anterior, segundo estimativas da Pol�cia Militar; Curitiba teve 10 mil, contra 60 mil em agosto, e no Rio apenas 5 mil foram � orla de Copacabana, contra 100 mil anteriormente, segundo organizadores.
Em S�o Paulo, onde a Pol�cia Militar calculou a presen�a de 30 mil pessoas, a redu��o no n�mero de participantes ao londo da Avenida Paulista foi vis�vel. Apenas na regi�o perto do Masp havia grande concentra��o. Em agosto, o ato reuniu 135 mil manifestantes, segundo o Datafolha. O l�der do Vem Pra Rua, Rog�rio Chequer, que calculou um p�blico de 100 mil pessoas, disse que considera positivo o resultado do protesto, devido ao pouco tempo de mobiliza��o e a presen�a de juristas. “Conseguimos trazer juristas e advogados para o caminh�o (de som) e mostramos que impeachment n�o � golpe e est� totalmente amparado nas leis. A participa��o do povo foi fant�stica”, acrescentou. O ato contou com a participa��o dos juristas H�lio Bicudo e Miguel Reali J�nior, autores do pedido de impeachment aceito pelo presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Os senadores Jos� Serra (PSDB-SP) e Ronaldo Caiado (DEM-GO) foram recebidos por lideran�as dos grupos pr�-impeachment assim que chegaram � Paulista. “N�o podia ficar longe nesse momento. � a voz das ruas”, disse Caiado. Tido como pr�ximo ao PMDB, Serra afirmou que a participa��o do PSDB em um eventual governo liderado pelo vice-presidente Michel Temer depender� do que o partido dele apresentar como projeto para o pa�s. “Mas agora � hora de falar de impeachment, depois falamos de governo”, disse.
Em Bras�lia, por volta das 10h, manifestantes conduziram um caix�o com uma caricatura de Dilma, alvo de xingamentos, e uma bandeira do PT no gramado em frente ao Congresso, que eles chamara de “enterro do PT”. O caix�o foi queimado no final do ato. A previs�o era de que a encena��o acontecesse �s 13h, mas, como o protesto estava disperso, e havia risco de chuva, o fim foi antecipado. Dessa vez o boneco gigante inflado do ex-presidente Lula, apelidado de “Pixuleco”, n�o estava presente, e sim uma boneca da presidente com o nariz semelhante ao do Pin�quio, produzida pelo Movimento Brasil Livre (MBL).
NORMALIDADE DEMOCR�TICA
O ministro da Secretaria de Comunica��o Social da Presid�ncia da Rep�blica, Edinho Silva, afirmou que as manifesta��es realizadas a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff estiveram “dentro da normalidade democr�tica”. Ele evitou comentar o sucesso ou fracasso dos atos. “As manifesta��es s�o normais em um regime democr�tico. Tudo dentro da normalidade em um pa�s democr�tico, que respeita a legalidade, que respeita as institui��es, um Brasil que estamos construindo com muita dedica��o democr�tica”, afirmou o ministro. (Com ag�ncias)