Os movimentos que organizaram os tr�s grandes protestos de rua para pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff marcaram para hoje, 13, novos atos, desta vez com o objetivo de emparedar o Congresso. Se em abril, maio e agosto as manifesta��es eram a forma de press�o para que o pedido de impedimento fosse aceito, a partir do acolhimento, no dia 2, as ruas passaram a ser consideradas tanto pelo governo quanto pela oposi��o como o term�metro para a tramita��o do processo no Parlamento.
Pegos de surpresa com a decis�o do presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ap�s protelar por diversas vezes o acolhimento do pedido de impedimento da presidente, os organizadores dos atos pr�-impeachment dizem que, em fun��o do pouco tempo para mobiliza��o, n�o t�m a pretens�o de achar que o ato de hoje ser� algo do porte que levou milhares de pessoas �s ruas em 15 de mar�o, 12 de abril e 16 de agosto. Por isso, a manifesta��o de hoje � considerada um "esquenta" para um grande protesto que deve ser realizado em 2016, ainda sem data marcada.
Ainda assim, o feedback nestas duas semanas empolgou o empres�rio Rog�rio Chequer, porta-voz do movimento Vem Pra Rua. "Vai ser um pouco acima de um esquenta", disse ele. O empres�rio argumenta que, inicialmente, o plano era envolver apenas as capitais, mas houve demanda espont�nea de outras cidades.
Para Renan Santos, um dos l�deres do Movimento Brasil Livre, a intera��o nas redes � maior que nos atos anteriores. "Conversamos com as pessoas nas ruas e tem muita gente sabendo. Vamos ver como ser�." At� sexta-feira � tarde, o Vem Pra Rua tinha confirmado atos em 85 munic�pios e o MBL, em 67. Em alguns deles, os grupos dividir�o espa�o entre si e com outros movimentos de menor express�o.
Em S�o Paulo, cinco carros de som se concentrar�o pr�ximos ao Masp, na Avenida Paulista. O MBL vai levar bal�es gigantes com os rostos de Dilma, do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), do ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Edson Fachin e dos deputados Celso Russomanno (PRB-SP) e Rog�rio Rosso (PSD-DF). "Estamos de olho em 2016", disse Renan Santos.
No Rio, o diret�rio carioca do PSDB convidou Cunha para o protesto no Posto 5, em Copacabana. Por meio de sua assessoria, o presidente da C�mara informou que n�o comparecer� ao ato, organizado por cerca de dez movimentos anti-Dilma.