"Voc� � um dos raros s�mbolos do que pode ser chamado de poeta nacional. Por isso fiquei ainda mais indignado com a agress�o verbal que voc� sofreu nesta semana. Ela � manifesta��o do fanatismo que vem tomando conta do nosso Pa�s. H� muito venho alertando para o embrutecimento intelectual do debate que divide a pol�tica brasileira em um FLAxFLU sem reflex�o nem toler�ncia, dois pilares b�sicos da democracia", escreveu o senador, nesta quinta-feira.
Cristovam fala ainda sobre os riscos para a democracia que os pr�ximos meses, em que a situa��o econ�mica do pa�s pode piorar e diz que � necess�rio reagir para "retomar o respeito pelo debate e pelas diverg�ncias". "Est� na hora de um manifesto pela raz�o, pela l�gica, pelo debate respeitoso, contra o fanatismo. Voc� tem a autoridade intelectual e moral do poeta nacional, e agora tem tamb�m a for�a da agress�o sofrida."
Na mensagem, o senador manifesta solidariedade e pede que Chico fa�a um "chamamento ao bom senso", contra o fanatismo e sem partidarismo. "Voc� pode chamar um movimento pela pacifica��o do debate pol�tico, com convic��o, mas sem fanatismo. Chamar nossos artistas para uma a��o pela civilidade e pela paz na pol�tica, com diverg�ncias, mas com respeito. Com um abra�o do primo, Cristovam", conclui o parlamentar.
Chico foi cercado por um grupo de rapazes de 20 a 30 anos. Ele havia terminado de jantar com o diretor Cac� Diegues. O v�deo foi publicado no site Glamurama. Ao abordar o cantor, um dos rapazes disse:
"Voc� � um m****, quero ouvir da sua boca: quem apoia o PT o que �?". "� petista", respondeu Chico. "Petista, v� morar em Paris. O PT � bandido", continuaram dizendo os rapazes. Na primeira manifesta��o sobre a discuss�o, Chico publicou nas redes um dos seus cl�ssicos, a m�sica "Vai trabalhar, vagabundo".
Ainda na quarta-feira, a presidente Dilma Rousseff tamb�m usou as redes sociais para manifestar apoio ao cantor. "Minha solidariedade a Chico Buarque, um dos maiores artistas brasileiros, que foi hostilizado no Rio por conta de suas posi��es pol�ticas. O Brasil tem uma tradi��o de conviver de forma pac�fica com as diferen�as. N�o podemos aceitar o �dio e a intoler�ncia", disse Dilma.