
Rio - O ato contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff, realizado nesta quinta-feira, 31, no Largo da Carioca, no centro do Rio, contou com a participa��o de artistas e, al�m da defesa da democracia, lembrou as v�timas da ditadura militar, que completou ontem 52 anos de sua implanta��o.
O cantor Chico Buarque esteve na manifesta��o e falou brevemente ao p�blico. O artista afirmou que havia no ato quem votou no PT e em outros partidos, mas, sobretudo, pessoas que n�o colocam em d�vida a integridade da presidente Dilma Rousseff.
O cantor lembrou do golpe de 1964 e pediu o fortalecimento da democracia. "Estamos aqui em defesa intransigente da democracia", disse. O compositor fez uma selfie acompanhado de lideran�as do PT - inclusive Lurian Cordeiro Lula da Silva, filha do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva.
Os organizadores do ato calcularam em 50 mil o n�mero de manifestantes. A Pol�cia Militar n�o divulgou estimativas. Na manifesta��o, houve muitas cr�ticas ao PMDB, � m�dia, ao presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e ao juiz S�rgio Moro, respons�vel pelo processo da Opera��o Lava Jato na primeira inst�ncia. Os participantes gritaram palavras de ordem, como "n�o vai ter golpe, vai ter luta".
O vice-presidente Michel Temer tamb�m foi alvo de protesto. Temer foi chamado de mentor do golpe e, em repetidas vezes, os manifestantes cantaram a m�sica Vou festejar, sucesso de Beth Carvalho, cujo refr�o diz: "voc� pagou com trai��o a quem sempre lhe deu a m�o". Os militantes pediram a ren�ncia de Temer, junto com a sa�da do PMDB do governo.
Houve um minuto de sil�ncio para lembrar as v�timas da ditadura militar no Brasil. O ato foi organizado pelos movimentos sociais Frente Brasil Popular e a Povo Sem Medo, compostos por sindicatos, associa��es de trabalhadores, estudantes e camponeses.