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Estado de Minas

Cunha quer votar impeachment at� mar�o

Presidente da C�mara diz que espera continuar processo contra Dilma assim que recesso acabar


postado em 30/12/2015 00:12 / atualizado em 30/12/2015 07:36

(foto: Wilson Dias/ Agencia Brasil )
(foto: Wilson Dias/ Agencia Brasil )
N�o ser�o o recesso parlamentar de janeiro nem as d�vidas que ainda pairam sobre o rito do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff imposto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que far�o o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), dar descanso ao Pal�cio do Planalto. Ele espera que at� o fim de mar�o a Casa j� tenha enviado ao Senado a decis�o sobre o afastamento da presidente. Para isso, antes mesmo da publica��o do ac�rd�o (decis�o) pelo STF, vai apresentar embargos de declara��o para esclarecer d�vidas em rela��o ao rito do procedimento. Argumentou haver jurisprud�ncia suficiente para sustentar a apresenta��o de recursos antes da publica��o. “Vamos embargar, apesar da ressalva feita pelo presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, de que n�o h� uma pacifica��o”, afirmou.

Mas a certeza de que Dilma n�o teria chances de escapar de um impedimento est� balan�ada. Ele j� considera que o governo possa garantir os votos de um ter�o dos 513 deputados para encerrar o processo ainda na C�mara: “O Pal�cio consegue um ter�o (do plen�rio) para barrar o impeachment? Pode ser que sim. Mas n�o ser� com um ter�o da Casa que manter� a governabilidade at� o fim do mandato”. Para ele, o desgaste do governo, acentuado com o pedido de impeachment, ter� consequ�ncias danosas nas elei��es do ano que vem. “O governo n�o ter� discurso para enfrentar elei��es municipais. Nas capitais, vejo total dificuldade”, disse.

Em conversa com jornalistas em caf� da manh� promovido no gabinete da presid�ncia da C�mara, Cunha se mostrou sereno, como em todas as vezes que falou com a imprensa no Sal�o Verde. “Podem perguntar e falar o que quiserem. Com pol�mica ou sem pol�mica, n�o vou fugir de nada”, avisou logo que entrou na sala. E falou, com uma aparente tranquilidade, alheia aos processos que correm contra ele no Conselho de �tica por quebra de decoro parlamentar, as investiga��es da Pol�cia Federal (inclusive com mandados de busca e apreens�o em seu escrit�rio e em suas casas no Rio e em Bras�lia) e o pedido de afastamento do cargo feito ao STF pelo procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot. “Nada me tira o sono.”

O documento de 190 p�ginas, lido no �ltimo fim de semana e respondido, pelo pr�prio deputado, em um texto de 10 laudas, � tratado com desd�m pelo homem acusado de tirar proveito do seu poder para atrapalhar as investiga��es abertas contra ele. “Aquilo � uma pe�a pol�tica e n�o me causa nenhuma preocupa��o. � t�o teatral que ele (Janot) a dividiu em 11 atos”, ironiza.

Cunha travou mais uma batalha, desta vez com a Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR). Garantindo inoc�ncia em tudo que � acusado, evita assumir o papel de v�tima, mas o faz quando se refere a Janot como o homem que “o escolheu” alvo. “H� dezenas de p�ginas de conversas de Renan (Calheiros) em processos de investiga��o e nenhuma linha aparece contra ele”, reclama, referindo-se ao presidente do Senado.

DELA��O


Cunha negou as acusa��es da dela��o do empres�rio Ricardo Pernambuco, da Carioca Engenharia, de que havia recebido propina no Israel Discount Bank, em Tel-Aviv, em outras duas contas no banco BSI e ainda no brit�nico Merril Lynch. Imitando a bravata do ex-prefeito de S�o Paulo e atual deputado federal Paulo Maluf, Cunha prometeu “dar de presente” o dinheiro que estiver em qualquer nova conta em nome dele no exterior. “Isso tudo � fantasia, n�o existe”, insistiu. “Voc�s podem preparar em qualquer escrit�rio de advocacia internacional qualquer documento que diga ‘empresa’, ‘truste’, de qualquer natureza, para eu assinar procura��o, doa��o, busca, verifica��o, n�o � s� de Israel n�o, de Israel, da Ar�bia Saudita, do L�bano, de qualquer lugar do mundo que voc� queira e de qualquer conta banc�ria, que eu dou de presente para reverter a quem quiser porque n�o existe”, afirmou Cunha.

Investiga��es do Minist�rio P�blico su��o j� encontraram quatro contas ligadas a Cunha naquele pa�s. O peemedebista diz, no entanto, que n�o se tratam de contas, mas de trustes, esp�cie de fundos de investimento. Ele afirma ainda que n�o � dono do dinheiro aplicado nestes trustes, mas apenas “usufrutu�rio” e “benefici�rio em vida”.


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