
O ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), deu ao presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o prazo de 10 dias para que o peemedebista se manifeste sobre o pedido de afastamento dele do comando da Casa feito pela Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR).
Por causa do recesso do Judici�rio, Cunha ainda n�o foi notificado oficialmente sobre o pedido. A notifica��o poder� ser feita a partir da pr�xima quinta-feira, 7, quando os servidores do Supremo voltam a trabalhar. O prazo para que o parlamentar se manifeste sobre o pedido come�ar� a contar, no entanto, s� depois de 1º de fevereiro, quando termina o recesso do Judici�rio.
No m�s passado, o procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, solicitou ao Supremo o afastamento de Cunha tanto da fun��o de presidente da C�mara como do cargo de deputado federal. Janot listou 11 "atos" que indicam "crimes de natureza grave", como uso indevido do cargo eletivo e integra��o de organiza��o criminosa. O pedido foi apresentado na v�spera do �ltimo dia de trabalho do Judici�rio de 2015.
No �mbito da Lava-Jato, o peemedebista � investigado em pelo menos dois inqu�ritos. O primeiro � referente ao recebimento de US$ 5 milh�es em propinas oriundas da contrata��o de navios-sonda da Petrobras; o segundo, por suspeita de manter contas ilegais na Su��a, que teriam sido irrigadas com recursos desviados da estatal.
Al�m dos inqu�ritos no STF, o peemedebista tamb�m � alvo de um processo no Conselho de �tica da C�mara que pode cassar seu mandato por quebra de decoro parlamentar. O colegiado investiga se o presidente da Casa mentiu aos parlamentares ao afirmar que n�o possu�a contas no exterior.