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Estado de Minas

Pa�s aguarda desfecho dos processos contra Dilma e Cunha

O in�cio do ano aponta para um embate que pode mudar radicalmente os rumos do pa�s com o desfecho do processo de impeachment de Dilma e de cassa��o de Eduardo Cunha


postado em 04/01/2016 06:00 / atualizado em 04/01/2016 07:23

Dois dos tr�s mais importantes nomes na linha sucess�ria da Rep�blica e um senador chegam ao primeiro dia �til do ano no olho de um furac�o pol�tico que pode mudar drasticamente os rumos do pa�s. Embora o Congresso Nacional esteja em recesso neste m�s, este in�cio de 2016 aponta para a guerra que ser� retomada em fevereiro no Parlamento com os processos de impeachment da presidente Dilma Rousseff e de cassa��o do presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do ex-l�der do governo no Senado Delc�dio do Amaral (PT-MS), preso pela Opera��o Lava-Jato, nos conselhos de �tica das duas casas, respectivamente. Dessa forma, os deputados federais e os senadores retomam os trabalhos em fevereiro do mesmo jeito que terminaram em dezembro: muito mais preocupados com processos e puni��es por irregularidades cometidas na administra��o p�blica do que com a necessidade de apreciar novas leis. Em especial � crise pol�tica, aguardam na fila propostas como a dos acordos de leni�ncia, a volta ou n�o da CPMF e a reforma da Previd�ncia.

Com a decis�o do Supremo Tribunal Federal (STF) de anular a comiss�o especial formada para analisar o pedido de impeachment da presidente Dilma, o processo voltou � fase inicial e a C�mara ter� de escolher novo grupo, agora em vota��o aberta. Pela decis�o dos ministros, que Eduardo Cunha ainda vai questionar em fevereiro com embargos declarat�rios na Corte, n�o ser�o permitidas as candidaturas avulsas. Foram elas que deram aos opositores de Dilma o poder de decidir sobre a admissibilidade do processo na vota��o, derrubada pelo Judici�rio. Cunha prev� uma decis�o at� mar�o. Depois de instalada a comiss�o, a presidente ter� o prazo de 10 sess�es para se defender e, apresentados seus argumentos, em mais cinco sess�es ser� emitido o parecer a ser votado pelo plen�rio. Caso a C�mara aceite dar prosseguimento ao processo, ele segue para o Senado, que, segundo o STF, tem poder para decidir se aceita ou n�o a den�ncia.

J� a Comiss�o de Constitui��o e Justi�a da C�mara vai analisar na volta aos trabalhos um recurso contra a decis�o do Conselho de �tica que aceitou den�ncia contra Eduardo Cunha, acusado de ter contas n�o declaradas na Su��a e outros pa�ses e de ter mentido � Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito da Petrobras. Depois de muitas manobras e adiamentos, o grupo aceitou o processo em 15 de dezembro, que pode levar � cassa��o do peemedebista. Se for mantida a decis�o de process�-lo, s�o necess�rios 257 votos dos 513 deputados para retirar o mandato de Cunha. Outro que est� com o mandato na mira � o senador Delc�dio do Amaral. Ele j� foi notificado a apresentar sua defesa at� 18 de fevereiro ao Conselho de �tica. A expectativa � que o parlamentar, que est� preso desde 25 de novembro, perca o mandato com mais facilidade.

Principal partido de sustenta��o da presidente Dilma Rousseff, o PMDB tamb�m inicia o ano em um clima de incerteza. Depois das trocas da lideran�a da legenda na C�mara no fim do ano, as articula��es continuaram intensas para que, em fevereiro, seja definido se quem vai comandar o grupo ser� um aliado do Pal�cio do Planalto ou de Eduardo Cunha. Logo depois da forma��o da comiss�o de rebeldes que avaliaria o caso de Dilma, os deputados destitu�ram Leonardo Picciani (RJ), simp�tico a Dilma, e colocaram o mineiro Leonardo Quint�o no seu lugar. Picciani, no entanto, conseguiu retomar o cargo.

Nas �ltimas semanas do ano, as duas alas do partido intensificaram as articula��es para definir a lideran�a de 2016. Picciani, com o apoio do governo, tem inten��o de continuar � frente da bancada, mas h� press�o para que seja escolhido um novo nome. Cunha alega que ele s� pode ser reconduzido se tiver dois ter�os dos votos, mas Picciani nega que haja esse acordo. Os aliados de Eduardo Cunha trabalham para a escolha de um mineiro, sob alega��o de que o estado foi o menos atendido na distribui��o de cargos. A disputa est� entre Quint�o, Newton Cardoso J�nior e Saraiva Felipe. O PMDB tamb�m se preocupa com uma poss�vel sucess�o de Eduardo Cunha na Presid�ncia da C�mara, caso o Supremo Tribunal Federal acate o pedido de afastamento dele em virtude da investiga��o na Opera��o Lava-Jato. A legenda j� avisou que n�o vai abrir m�o da posi��o.

Acordos de leni�ncia

O ano tamb�m come�a com pend�ncias para levar adiante o ajuste fiscal do governo para tentar melhorar a situa��o de crise econ�mica do pa�s. Uma delas � a medida provis�ria que vai permitir os acordos de leni�ncia com empresas como as investigadas na Opera��o Lava-Jato. Os deputados t�m at� 6 de fevereiro para apresentar emendas. “� importante levarmos adiante uma agenda positiva p�s-ajuste. Os acordos de leni�ncia s�o importantes porque s�o medidas para tentar recuperar a economia. As empreiteiras no Brasil, com a Lava-Jato, tiveram uma queda generalizada”, afirma a deputada J� Moraes (PCdoB-MG). A MP permite que as empresas retomem seus contratos com o governo.

No Senado, a Comiss�o Mista de Planos, Or�amentos P�blicos e Fiscaliza��o retoma em fevereiro a discuss�o das pedaladas fiscais. Os integrantes t�m at� o dia 13 para apresentar emendas ao relat�rio do senador Acir Gurgacz (PDT-RO), que opina pela aprova��o das contas do governo Dilma de 2014, apesar de o Tribunal de Contas da Uni�o ter recomendado a rejei��o.

Al�m desses temas, velhas pautas do ajuste fiscal voltam � discuss�o. Tramitam na C�mara duas MPs que podem garantir mais recursos ao governo. Uma delas aumenta o Imposto de Renda sobre o ganho de capital na venda de bens como im�veis. H� ainda uma que prev� benef�cios ao setor qu�mico. Outros assuntos que voltam tamb�m s�o a possibilidade de volta da Contribui��o sobre Movimenta��o Financeira (CPMF) e a reforma da Previd�ncia.


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