O ministro Teori Zavascki, relator da Opera��o Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a quebra dos sigilos fiscal e banc�rio do presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), da sua esposa, Cl�udia Cruz, e da filha do parlamentar Danielle Dytz. Os tr�s s�o investigados por suspeita de terem mantido contas sigilosas na Su��a, que seriam usadas para receber recursos desviados da Petrobras.
O ministro acatou um pedido formulado pela Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR), conforme revelou o jornal Folha de S.Paulo. Os investigadores acreditam que, com a medida, poder�o colher informa��es sobre poss�veis irregularidades nas movimenta��es financeiras do presidente da C�mara e da fam�lia dele.
A PGR tamb�m quer avaliar se pessoas pr�ximas ao deputado, mas que ainda n�o s�o alvo de investiga��o, tamb�m est�o envolvidas nos supostos crimes investigados.
De acordo com investiga��es do Minist�rio P�blico su��o, os recursos atribu�dos ao presidente da C�mara circularam por pelo menos 23 contas banc�rias no exterior. Entre saques e dep�sitos que abasteceram quatro contas em nomes de offshores que t�m o deputado como benefici�rio, os ativos transitaram por bancos em Cingapura, Su��a, Estados Unidos e Benin.
Essas informa��es, que j� foram submetidas � PGR, ajudaram a justificar a opera��o de busca e apreens�o nas casas e sedes de empresas de Cunha em dezembro passado. A opera��o, autorizada pelo Supremo, apreendeu, al�m do celular do parlamentar, diversos documentos banc�rios que relacionam Cunha ao corretor de valores L�cio Funaro, investigado no mensal�o, em 2005. O presidente da C�mara nega as irregularidades.