O ex-prefeito de Pedra Azul, Ricardo Mendes Pinto, de 54 anos, foi preso nesta ter�a-feira, em Belo Horizonte. Ricardo tinha mandado de pris�o em aberto desde o dia 18 de dezembro do ano passado por causa de condena��o de desvio de dinheiro, ocorrida nas contas de sua campanha eleitoral em 2000. O ex-prefeito passar� a noite no Departamento Estadual de Opera��es Especiais (Deoesp) e ser� encaminhado � cidade no Vale do Jequitinhonha nesta quarta-feira.
De acordo com a assessoria da Pol�cia Civil, Ricardo Mendes classificou sua pris�o como um mal-entendido. “Duas pessoas da cidade foram a um evento em que eu estava presente, em um final de semana � noite, ap�s o hor�rio de restri��o e fizeram uma den�ncia ao Minist�rio P�blico, como se eu estivesse descumprindo a minha pena. O juiz acatou a den�ncia e expediu o meu mandado”, disse.
Ricardo Mendes Pinto foi prefeito de Pedra Azul por tr�s mandatos – al�m de 1997 a 2000, ele dirigiu a cidade de 2005 a 2012 – e foi condenado por ter desviado recursos p�blicos durante a campanha eleitoral de 2000, quando foi derrotado. O pol�tico foi acusado de destinar dinheiro para contas particulares durante seu mandato e ainda ter usado verbas p�blicas para pagar material de campanha de alguns candidatos, inclusive combust�vel. O crime levou � sua condena��o em mar�o de 2007, mas em raz�o de recursos, somente em mar�o de 2013 o processo foi conclu�do e a senten�a anunciada. Ricardo Mendes nega com veem�ncia a pr�tica do crime que o condenou. “Em hip�tese alguma desviei dinheiro”, alega ele.
O advogado Felipe Machado explicou que j� foi apresentado um pedido de reconsidera��o da decis�o judicial pela sua pris�o em Pedra Azul e um recurso no Tribunal de Justi�a. Mas com o recesso do Judici�rio – que s� volta a ter expediente processual a partir do pr�ximo dia 20 –, ele ainda n�o teve o caso apreciado. Um dos argumentos da defesa � que n�o caberia a pris�o de algu�m que teve a condena��o fixada em regime aberto, j� que a pena imposta a ele foi de tr�s anos – convertida em restri��o de direitos. Machado afirmou ainda que n�o acredita que a condi��o de foragido durante 25 dias possa prejudicar seu cliente. “Se tivesse a plena convic��o de que � injusta (uma pris�o), algu�m se entregaria”, disse ele, ressaltando, no entanto, que a decis�o de n�o se entregar foi do cliente.