A Associa��o dos Ju�zes Federais do Brasil (Ajufe) reagiu enfaticamente ao manifesto de um grupo de advogados divulgado nesta sexta-feira nos principais ve�culos de comunica��o do Pa�s. Em nota subscrita por seu presidente Ant�nio C�sar Bochenek, a entidade faz duras cr�ticas ao documento intitulado "Carta Aberta em rep�dio ao regime de supress�o epis�dica de direitos e garantias verificado na Opera��o Lava-Jato". O manifesto dos advogados foi assinado por nomes de grande prest�gio da �rea, entre eles defensores de acusados de participarem do esquema de corrup��o instalado na Petrobras entre 2004 e 2014.
O documento dos advogados n�o cita nominalmente nenhum protagonista da for�a-tarefa da Lava Jato. Os criminalistas relatam que a opera��o "se transformou numa Justi�a � parte", e veem "o Estado de Direito sob amea�a".
Para a associa��o, a carta faz cr�ticas � atua��o do juiz federal S�rgio Moro, que comanda as a��es penais da Lava Jato na primeira inst�ncia. Segundo a Ajufe, a Lava Jato "n�o corre frouxa, isolada, inalcan��vel pelos mecanismos de controle do Poder Judici�rio". A opera��o, afirma a entidade, al�m de respaldada pelo ju�zo federal de 1º grau, tem tido a grande maioria de seus procedimentos mantidos pelo Tribunal Regional Federal da 4ª regi�o (TRF4), pelo Superior Tribunal de Justi�a (STJ) e pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
"A Opera��o Lava-Jato coroa um lento e gradual processo de amadurecimento das institui��es republicanas brasileiras, que n�o se colocam em posi��o subalterna em rela��o aos interesses econ�micos. A Justi�a Federal realiza um trabalho imparcial e exemplar, sem dar tratamento privilegiado a r�us que disp�em dos recursos necess�rios para contratar os advogados mais renomados do Pa�s. Essa aus�ncia de benesses resulta em um cen�rio incomum: empreiteiros, pol�ticos e dirigentes partid�rios sendo presos", aponta a nota da Ajufe.