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Estado de Minas

Propina alimentou campanha de Lula

Delator diz que ex-presidente se beneficiou de R$ 50 milh�es, em 2006, em raz�o de assinatura de contrato de R$ 300 milh�es da Petrobras com empresa petrol�fera de Angola Sonangol


postado em 19/01/2016 06:00 / atualizado em 19/01/2016 07:24

Cerveró foi informado do repasse à campanha petista pelo presidente da empresa angolana (foto: Bruno Covello/Gazeta do Povo - 11/5/15)
Cerver� foi informado do repasse � campanha petista pelo presidente da empresa angolana (foto: Bruno Covello/Gazeta do Povo - 11/5/15)

Em documenta��o entregue � Procuradoria-Geral da Rep�blica, anterior ao acerto de sua dela��o premiada, o ex-diretor da �rea Internacional da Petrobras Nestor Cerver� afirmou que a campanha do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT), em 2006, recebeu R$ 50 milh�es em propina. O dinheiro teria sa�do de uma negocia��o para a compra de US$ 300 milh�es em blocos de petr�leo na �frica em 2005. As informa��es foram divulgadas pelo jornal Valor Econ�mico nessa segunda-feira (18).

Cerver� atribui a informa��o a Manuel Domingos Vicente, que presidiu o Conselho de Administra��o da Sonangol, estatal petrol�fera angolana. “Manuel Vicente foi expl�cito em afirmar que, desses US$ 300 milh�es pagos pela Petrobras a Sonangol, companhia estatal de petr�leo de Angola, retornaram ao Brasil como propina para financiamento da campanha presidencial do PT valores entre R$ 40 e R$ 50 milh�es.”

Segundo o delator, que teve seu acordo firmado em novembro passado, a negocia��o foi conduzida “pelos altos escal�es dos governos brasileiro e angolano, sendo o representante brasileiro o ministro da Fazenda [Ant�nio] Palocci”. Cerver� foi diretor da Petrobras entre 2003 e 2008. Ap�s ser exonerado do cargo, ele assumiu a Diretoria Financeira da BR Distribuidora, subsidi�ria da estatal, onde ficou at� 2014, por cerca de seis anos.

O delator afirmou no documento que soube da propina por meio de Manuel Vicente. Atualmente, Domingos Vicente � vice-presidente de Angola. “Nestor tinha uma rela��o de amizade com o Dr. Manoel (sic) Vicente (presidente da Sonangol), que em conversas mencionou textualmente a frase: “Porque n�s somos homens do partido! Temos que atender as determina��es do partido!”, diz o documento.

Detalhes

Cerver� n�o d� detalhes, nesses pap�is, sobre a negocia��o da propina ou como o dinheiro teria chegado � campanha do PT. O delator conta ainda que a costa angolana era conhecida pela capacidade de explora��o de petr�leo. “Em 2005, houve uma oferta internacional de Angola, de venda de blocos de explora��o em �guas profundas, como se fosse um grande leil�o”, declarou Cerver�. “O pa�s era extremamente interessante para a Petrobras: tanto pelo regime pol�tico do pa�s aliado do governo brasileiro, quanto pelo fato da companhia j� operar e ter escrit�rios desde 1975 em Angola.”

O Instituto Lula informou que “n�o comentaria supostas dela��es, quanto mais supostos acordos de dela��o, vazadas de forma seletiva, parcial e provavelmente ilegal que alimentam um mercado de busca por benef�cios penais e manchetes sensacionalistas”.


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