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Estado de Minas MOSQUITO DESAFIA PLANALTO

Com explos�o de casos de dengue, chikungunya e zika, Dilma convoca reuni�o de emerg�ncia

ministro da Sa�de � enquadrado


postado em 22/01/2016 06:00 / atualizado em 22/01/2016 07:49

bras�lia – Temendo perder completamente o controle da situa��o com o avan�o do mosquito transmissor da dengue, da chikungunya e do zika, a presidente Dilma Rousseff convocou ontem uma reuni�o de emerg�ncia com os principais ministros da �rea, no Pal�cio do Alvorada. Antes, em agenda no Recife, capital do estado com maior n�mero de casos de microcefalia, Dilma aproveitou o discurso de cerca de meia hora para pedir mais empenho da sociedade no combate ao Aedes aegypti, enquanto ainda n�o h� uma vacina contra o v�rus.


“A gente s� vai conseguir ter o combate e sair vitorioso se a popula��o se engajar. Por mais esfor�os que fa�amos, sempre � poss�vel ter �gua parada que n�s n�o vimos. Da�, quem tem mil olhos? A popula��o. E ela tamb�m pode nos ajudar para que a gente, enquanto n�o temos a vacina, enquanto n�o podemos fazer um combate mais agressivo a ele (v�rus), que a gente tire as condi��es de reprodu��o do mosquito”, afirmou Dilma.

Ao voltar da inaugura��o da Avenida Celso Furtado, conhecida como Via Mangue, no Recife, a presidente j� tinha ministros � sua espera, no Alvorada. A for�a-tarefa convocada ontem tinha os titulares da Sa�de, Marcelo Castro; da Integra��o, Gilberto Ochi; da Educa��o, Aloizio Mercadante; da Casa Civil, Jaques Wagner; da Defesa, Aldo Rebelo; al�m do secret�rio nacional de Defesa Civil, general Adriano J�nior, e do comandante do Ex�rcito, Eduardo Villas B�as.


Esse batalh�o precisa trabalhar em conjunto para conseguir medidas efetivas contra o avan�o da prolifera��o de doen�as. N�meros recentes do Minist�rio da Sa�de revelam o tamanho do problema que o pa�s enfrenta por causa do mosquito. A quantidade de infectados pelo v�rus da dengue saltou de 589 mil, em 2014, para 1,6 milh�o, em 2015 — um crescimento de 180%. Mais preocupante est� o crescimento nos casos de rec�m-nascidos com microcefalia: de 147 casos em 2014 para incontrol�veis 3.893 registros entre 2015 e 2016.

Descontente com as a��es de pouco efetividade do ministro Marcelo Castro, indicado pelo PMDB na reforma feita por Dilma em outubro, o chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, tem trabalhado na articula��o de um grupo de apoio ao controle do v�rus. Segundo interlocutores, em novembro, o Planalto criou um grupo interministerial para atuar na articula��o pol�tica do problema. “Existe uma sensa��o de que o Minist�rio da Sa�de poderia fazer mais “, afirmou uma fonte. Mesmo assim, a execu��o das a��es continua responsabilidade do ministro da Sa�de, mesmo n�o satisfazendo plenamente a presidente.

Folia A proximidade com o carnaval tamb�m come�a a preocupar o governo. Unidade da Federa��o com maior �ndice de casos de microcefalia — � respons�vel por um ter�o dos casos (1,3 mil) —, Pernambuco arrasta cada vez mais foli�es. S� no Galo da Madrugada, no Recife, em 2015, compareceram 2,5 milh�es de pessoas. “Por mais esfor�o que todos n�s fa�amos, sempre � poss�vel ter �gua parada. Por isso, enquanto n�o temos a vacina, temos que destruir as condi��es de reprodu��o do mosquito”, frisou essa fonte.

Em nota, o Minist�rio da Sa�de afirmou que o valor destinado ao controle do vetor atingiu R$ 924,1 milh�es em 2010 e saltou para R$ 1,29 bilh�o em 2015, crescimento de 39%. Entre os investimentos, est�o inclusos os repasses para estados e munic�pios, o pagamento dos agentes de endemias, a compra e a distribui��o de larvicidas, adulticidas (fumac�) e kits de diagn�stico. Neste ano, a pasta garantiu que o or�amento para o combate ser� R$ 580 milh�es maior, chegando a R$ 1,87 bilh�o, e lembrou que j� foi aprovado um adicional de R$ 500 milh�es como recurso extra, que pode ser utilizado ao longo do ano.

Para o professor Pedro Luiz Tauil, do N�cleo de Medicina Tropical da Universidade de Bras�lia (UnB), o aumento da popula��o em �reas urbanas pode explicar os n�meros das doen�as causadas pelo Aedes. “Nunca tanta gente viveu em �rea urbana. No Distrito Federal, � a situa��o de quase 95% da popula��o. Outra coisa � a complexidade da vida urbana: temos muita gente vivendo em condi��es prec�rias de saneamento, sem coleta de dejetos, em casas que facilitam a prolifera��o do mosquito”, esclareceu. “E o problema n�o � exclusivamente brasileiro: 2,5 bilh�es de pessoas est�o vivendo em �reas de risco do Aedes no mundo todo.”

“As medidas que precisam melhorar mesmo s�o de saneamento b�sico, como abastecimento regular de �gua e coleta de dejetos. N�o pode continuar o descarte de pneus, dep�sitos de carros inclusive do governo, ferros-velhos”, alertou. A educa��o sanit�ria – orienta��es sobre como evitar o criadouro do mosquito e outras tarefas da popula��o – deveria come�ar desde a escola, defende Tauil. “O governo tem feito, mas n�o tem valorizado essas a��es suficientemente”, lamentou.

 

 


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