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Estado de Minas

Al�m do caso da Petrobras, outros esc�ndalos abalam imagem de 'pura' da Noruega


postado em 25/01/2016 15:37 / atualizado em 25/01/2016 15:49

H� poucos meses, um jornal noruegu�s fez um teste. Deixou 20 carteiras com dinheiro na rua, em diferentes partes de Oslo. Do total, 15 foram devolvidas � pol�cia. Contos sobre a honestidade norueguesa fazem parte da literatura europeia desde o s�culo 19, como uma esp�cie de caracter�stica intr�nseca da popula��o. Para analistas, servia como uma utopia escandinava, com sociedades quase perfeitas e que, ano ap�s ano, aparecem no topo dos rankings de locais com as menores taxas de corrup��o.

Mas, quando a executiva Siri Hatlen, da Sevan, interrompeu sua caminhada pelas montanhas da Noruega em junho de 2015 para escutar a caixa de mensagens de seu celular, recebeu o recado de seu advogado apontando que o nome da empresa havia aparecido nas dela��es premiadas da Opera��o Lava Jato. Ela retornou para o escrit�rio e montou uma estrat�gia para blindar as a��es de sua companhia.

� reportagem, Hatlen confirmou que, diante dos resultados da investiga��o, decidiu "dar as informa��es para a Justi�a". "Somos uma empresa cotada na Bolsa e dependente de uma boa reputa��o", comentou. "Temos zero toler�ncia quando se trata de corrup��o", insistiu. "Por isso informamos as autoridades e iniciamos nossa pr�pria investiga��o assim que soubemos que um ex-funcion�rio da Sevan Marine estava sob investiga��o", indicou. Ela ainda insiste que a empresa matriz, a Sevan Marine, n�o tem qualquer rela��o com a Petrobras desde 2011 e que � a Sevan Drilling a �nica sob investiga��o.

Entre os especialistas, o caso � considerado "emblem�tico". "Isso tem sido um sinal de alerta para o pa�s", constatou Guro Slettemark, chefe da entidade Transpar�ncia Internacional na Noruega. Ao receber a reportagem, ela apontou que, de fato, a corrup��o "n�o faz parte da vida di�ria da sociedade norueguesa". Mas alertou que empresas precisam ter responsabilidade sobre os agentes e intermedi�rios que contratam no exterior.

Nos �ltimos meses, al�m do caso da Petrobras, dois outros esc�ndalos de corrup��o mexeram com o pa�s. Num deles, a empresa estatal de fertilizantes Yara � suspeita de pagar propinas na L�bia. J� a tamb�m estatal Telenor � acusada de pagar propinas no Uzbequist�o.

Todos eles ca�ram nas m�os de Marianne Djupesland, a procuradora que se transformou em s�mbolo do combate � corrup��o. Enquanto recebia a reportagem, ela n�o disfar�ava que seu departamento estava em plena expans�o.

"A quest�o da Petrobras entrou no radar pol�tico do governo. A diferen�a � que nossas institui��es s�o s�lidas e as investiga��es s�o de fato independentes", disse o ex-chanceler noruegu�s Espen Eide.

Em novembro, o pr�ncipe noruegu�s Haakon Magnus liderou uma comitiva de empres�rios ao Pa�s e insistiu que os neg�cios entre os dois pa�ses v�o continuar.


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