
Al�m de ter apoio deste grupo, ele tem aval do presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), respons�vel por deflagrar o processo de impeachment no ano passado. Apesar disso, ele tem buscado apoio do Pal�cio do Planalto em sua campanha.
Segundo deputados da ala pr�-impeachment, trata-se de uma estrat�gia para evitar a perda de votos de peemedebistas que est�o dispostos a apoi�-lo, mas t�m receio de ficarem classificados como oposicionistas em um momento em que o impedimento da presidente perdeu for�a no Congresso.
A estrat�gia foi desenhada por Cunha. Ele orientou seu candidato e apoiadores que vetassem a discuss�o sobre o impeachment durante a campanha como forma de assegurar votos de quem n�o quer se indispor com o Planalto.
No entanto, a expectativa da ala pr�-impeachment � que essa estrat�gia seja revertida no caso de Motta sair vitorioso. "Queremos chegar mais longe, mas o primeiro passo � mudar o atual l�der", disse o deputado Osmar Terra (RS). Com a sa�da de Leonardo Quint�o (MG) da disputa na semana passada, Terra e outro entusiasta do impeachment, Darc�sio Perondi (RS), passaram a apoiar Motta. Juntaram-se, assim, a outros parlamentares antigoverno, como L�cio Vieira Lima (MG).
Comiss�o Especial
A ideia da ala pr�-impeachment � "cobrar a fatura" depois da elei��o. A primeira cobran�a deve vir durante a escolha dos membros da Comiss�o Especial do impeachment na C�mara. O PMDB ter� direito a oito integrantes. O discurso agora � de que as duas alas ser�o contempladas. Mas h� expectativa de que, se Motta for eleito, a maioria dos escolhidos seja favor�vel � sa�da de Dilma.
Mesmo com oito vagas, o posicionamento do PMDB � relevante porque outros partidos da base costumam seguir a legenda em suas decis�es.
O n�mero de votos para Leonardo Picciani e Motta � impreciso. Enquanto aliados de Motta dizem que ele tem 15 votos a mais que Picciani e que esta vantagem pode chegar a 18, o grupo que apoia o atual l�der aponta que ele j� tem um total de 36 votos dos 67 da bancada e pode chegar a 42. O governo aposta na vit�ria de Picciani. Um dos ministros indicados pelo peemedebista, o titular da Sa�de, Marcelo Castro, pode at� retomar seu mandato de deputado federal pelo Piau� para garantir mais um voto para o atual l�der.
Articula��o
Apesar do recesso parlamentar, tanto Motta quanto Picciani passam a maior parte dos dias em Bras�lia em conversas pessoais e por telefone, tanto com peemedebistas quanto com l�deres e presidentes de outras legendas em busca de apoio. Os candidatos tamb�m t�m feito viagens pelo Pa�s.
Picciani esteve em Minas Gerais na semana passada. O Estado, cuja bancada de sete deputados est� dividida, foi visitado por Motta no fim de semana. Hugo Motta deve ter reuni�es nesta semana em Santa Catarina (seis deputados) e Rio Grande do Sul (cinco).