Curitiba e S�o Paulo - Alvo da Opera��o Triplo X, deflagrada pela Pol�cia Federal nesta quarta-feira a offshore Mossack Fonseca pode abrir novas frentes de investiga��o na Lava-Jato. Segundo o procurador regional da Rep�blica Carlos Fernando dos Santos Lima, a empresa "participava de um grande esquema de lavagem de dinheiro".
A Mossack Fonseca � alvo de mandado de busca e apreens�o. Tr�s investigados ligados � empresa foram presos temporariamente (v�lida por 5 dias): Neuci Warker, Ricardo Hon�rio Neto e Renata Pereira Brito.
Na decis�o em que manda fazer buscas nos endere�os da Mossack, o juiz federal S�rgio Moro destacou. "No curso das investiga��es, foi constatado que diversos agentes envolvidos no esquema criminoso que vitimou a Petrobras teriam utilizado os servi�os da empresa Mossack Fonseca & Corporate Services para abertura de empresas offshores, posteriormente utilizadas para ocultar e dissimular o produto do crime de corrup��o."
A Mossack Fonseca & Corporate Services � sediada no Panam� e tem representa��o no Brasil, com sede na Avenida Paulista, no centro de S�o Paulo. Consta como s�cio da Mossack Ricardo Honorio Neto, mas quem administra a empresa, segundo a Pol�cia Federal, � Maria Mercedes Riano Quijano, conforme se apurou na intercepta��o telef�nica autorizada judicialmente.
A PF investiga ainda um advogado panamenho (Edison Ernesto Teano Rivera) e dois venezuelanos (Fernando Hernandez Rivero e Andres Cuesta Hernandez).
Segundo o delegado Igor Rom�rio de Paula, da for�a-tarefa da Lava-Jato, o ex-diretor de Servi�os da Petrobras Renato Duque, o lobista M�rio Goes e o ex-gerente executivo da estatal Pedro Barusco tiveram offshores abertas pela Mossack Fonseca. O delegado afirmou que "provavelmente vai se descobrir muita coisa".
"A Mossack � bem mais ampla do que o caso Lava-Jato. Ela tem demanda, porque a demanda de dinheiro sujo no Brasil � farta e precisa ser lavado. N�o s� ela j� apresentou ind�cios de aparecer em outras investiga��es que foram deflagradas como muito provavelmente vai se descobrir muita coisa, porque a gente n�o pode descartar o encontro fortuito de provas para outras investiga��es", disse o delegado.
Durante a entrevista coletiva, o delegado e o procurador se referiram a Renato Duque como "colaborador", ao lado de Pedro Barusco. Indagado em seguida, Carlos Fernando dos Santos Lima afirmou. "Ato falho."