
Bras�lia – Tida como um evento “para ingl�s ver”, a cerim�nia de retomada do Conselho de Desenvolvimento Econ�mico e Social, o Conselh�o, nesta quinta-feira, em Bras�lia, est� sendo preparada para ser mais do que um “evento social”. Al�m da expectativa do an�ncio de R$ 50 bilh�es em linhas de cr�dito dos bancos p�blicos, o governo prepara financiamentos espec�ficos para a ind�stria e o agroneg�cio, com foco no pequeno e no m�dio empres�rio. O intuito � tentar alavancar os investimentos do pa�s, que est�o em franca queda.
No plano de incremento do cr�dito, est�o previstos empr�stimos espec�ficos para exporta��o e a retomada do Minha casa, minha vida, com um vi�s mais social. Al�m disso, o governo ainda discute se liberar� o uso da multa do FGTS como garantia ao cr�dito consignado para trabalhadores da iniciativa privada, o que pode ser uma das medidas anunciadas no evento. Da �rea da Previd�ncia, esbo�os tamb�m ainda estavam sendo finalizados nessa quarta-feira (27). O Planalto deve adotar um discurso positivo e de convencimento a empres�rios, banqueiros, trabalhadores e sindicalistas, demonstrando que n�o est� passivo ante a expectativa renovada de queda no PIB tamb�m neste ano.
O Conselh�o ter� 70% de renova��o dos participantes. No entanto, a lista oficial, que ser� publicada nesta quinta-feira no Di�rio Oficial da Uni�o (DOU), ainda n�o est� totalmente fechada, j� que a presidente Dilma Rousseff, mesmo em viagem no exterior, avisou que faz quest�o de verificar mais uma vez todos os nomes. A composi��o final deve ser de 45 empres�rios, 20 representantes dos trabalhadores e 25 da sociedade civil. O ex-presidente do PCdoB, Renato Rabelo, ser� o secret�rio-executivo do novo grupo. O ministro Jaques Wagner ainda hoje fazendo liga��o e convites para o evento de hoje.
O evento, marcado para come�ar �s 14h30, ser� aberto pelo ministro da Casa Civil, Jaques Wagner. O encontro recebeu como t�tulo “Caminhos para a retomada do desenvolvimento”. Em sua fala, o ministro deve ressaltar que o principal objetivo do Conselh�o � promover o “di�logo social” e destacar que o formato � utilizado em diversos pa�ses.
O primeiro convidado a discursar ser� o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. Ele far� um pronunciamento voltado para o comportamento dos pre�os atualmente e as expectativas para a infla��o, alinhado ao teor que a ata do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) dever� mostrar na manh� de hoje. Em seguida, a programa��o traz a participa��o do ministro da Fazenda, Nelson Barbosa. Ao contr�rio de todos os convidados, que ter�o 10 minutos para suas declara��es, Barbosa contar� com 20 minutos para discursar. Afinal, caber� a ele, os principais pontos dos an�ncios.
O ministro da Sa�de, Marcelo Castro, que tem sido criticado por declara��es pol�micas, chegou a integrar a lista de ministros que poderia discursar no evento. No entanto, a fala sobre os esfor�os do governo no combate ao zika v�rus ficar� a cargo da pr�pria presidente Dilma – que far� o encerramento da reuni�o.
EMPRES�RIOS Al�m dos ministros, a previs�o � de que mais oito dos cerca de 90 participantes do grupo falem na reuni�o. Pelo lado do empresariado ter�o voz no encontro: Luiz Carlos Trabuco, do Bradesco; Lu�za Trajano, do Magazine Luiza; e o presidente da Anfavea, Luiz Moan. Os tr�s j� integravam o Conselh�o. Al�m disso, haver� fala de representantes da Organiza��o das Cooperativas Brasileiras (OCB), da Uni�o Nacional dos Estudantes (UNE), da CUT, da For�a Sindical e da Contag.
A ministra da Agricultura, K�tia Abreu, que acaba de voltar de licen�a, tamb�m estar� presente. Ficar� encarregada de exaltar o potencial do agroneg�cio brasileiro e enfatizar a import�ncia que o setor possui para o Produto Interno Bruto (PIB) do pa�s. A cerim�nia contar� ainda com as presen�as dos ministros do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior, Armando Monteiro Neto, e do Planejamento, Valdir Sim�o.
Ap�s a reuni�o desta quinta-feira (28), a previs�o � de que sejam formados alguns grupos de trabalho para assessorar a presidente na forma��o de pol�ticas p�blicas que ajudem na retomada do crescimento do Brasil.