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Estado de Minas

Empreiteiro da Engevix negocia dela��o na Lava-Jato


postado em 28/01/2016 16:37 / atualizado em 28/01/2016 16:59

O empres�rio Jos� Antunes Sobrinho, um dos s�cios da Engevix, est� negociando um acordo de dela��o premiada. A informa��o foi passada pela defesa do empreiteiro ao juiz federal S�rgio Moro, que conduz as a��es da Opera��o Lava-Jato, durante audi�ncia na quarta-feira. Antunes Sobrinho � acusado de corrup��o e lavagem de dinheiro na mesma a��o em que � r�u o ex-ministro da Casa Civil Jos� Dirceu (Governo Lula).

Tamb�m respondem �s acusa��es da Procuradoria da Rep�blica, no mesmo processo, os outros dois s�cios da Engevix, G�rson de Mello Almada e Cristiano Kok. O empreiteiro G�rson Almada j� foi condenado a 19 anos de pris�o, por corrup��o, lavagem de dinheiro e organiza��o criminosa em outro processo da Lava-Jato. O interrogat�rio de Almada est� marcado para a sexta-feira.

O empreiteiro tamb�m � r�u em a��o penal envolvendo fraudes na constru��o de Angra 3. Investigadores da Lava-Jato suspeitam que, no total, R$ 4,5 milh�es tenham sido pagos por empreiteiras com obras na usina - entre elas a Andrade Gutierrez e a Engevix - a t�tulo de propina para o almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, ex-presidente da Eletronuclear, via empresas intermedi�rias.

Jos� Antunes Sobrinho foi preso no dia 21 de setembro de 2015, na Opera��o "Ningu�m Durma", 19ª fase da Lava-Jato. O executivo cumpre regime domiciliar desde dezembro, ap�s decis�o do Tribunal Regional Federal da 2ª Regi�o (TRF2).

Moro havia perguntado a Antunes Sobrinho sobre supostos pagamentos ao almirante Othon Luiz. A a��o corria na 13ª Vara Federal de Curitiba, sob a condu��o de S�rgio Moro, mas com o fatiamento dos processos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), migrou para a Justi�a Federal do Rio. "N�o faz parte dessa den�ncia, mas por quest�es de credibilidade envolvendo seu depoimento tamb�m h� uma outra a��o penal envolvendo supostos pagamentos da Engevix para o almirante Othon, o sr. pode esclarecer o fato?"

Ap�s a pergunta do juiz da Lava-Jato, a defesa de Jos� Antunes Sobrinho afirmou. "Excel�ncia, se puder interromper, como ele est� tratando do acordo de colabora��o, tem algumas quest�es que est�o sendo discutidas no acordo. Eu pediria, orientaria que, outras quest�es fora desse processo, ele permanecesse em sil�ncio. � uma orienta��o minha."

Moro concordou. "Pode ficar. Tem essa informa��o de que ele pretende colaborar. Quest�es de credibilidade." A defesa explicou. "� uma orienta��o no interrogat�rio. Como ele est� em tratado de colabora��o, o que n�o cuidasse de Petrobras, minha orienta��o � que permanecesse em sil�ncio em tudo que seja fora desse processo da Petrobras."

A audi�ncia seguiu e Jos� Antunes Sobrinho foi questionado sobre sua rela��o com Dirceu. O empreiteiro afirmou que n�o tinha rela��o com o ex-ministro e que esteve com ele em uma viagem a Lima, no Peru. Segundo o s�cio da Engevix, o lobista Milton Pascowitch, um dos delatores do esquema de corrup��o na Petrobras, fazia capta��o de neg�cio para a empresa.

"(Milton) conversou com meu s�cio, Gerson Almada e propuseram de implementar nossa participa��o no Peru. N�s j� t�nhamos uma s�rie de contratos, tudo contratos pequenos de consultoria de engenharia em Lima. Mas o sr. Jos� Dirceu, pela sua rela��o com o presidente pela Alan Garcia, pelas suas rela��es no pa�s, poderia nos ajudar", contou.

"Eu, na verdade, concordei com essa viagem. Essa viagem foi feita no dia 28 de maio de 2008. Voamos para Lima, tivemos um dia de reuni�es l�, visitando algumas autoridades, uma das quais era o ministro de Minas e Energia, com o qual a gente tinha servi�os em andamento por l�. Voltamos no dia seguinte, no dia 30. N�o tive depois com o dr. Jos� Dirceu outros contatos, outras rela��es. Ele era uma rela��o mais direta do dr. Pascowitch e, eventualmente, do Dr. G�rson."

A visita ao Peru "n�o resultou em nada", segundo o empres�rio. Jos� Antunes Sobrinho declarou que este foi o primeiro contrato dele com a Engevix, pelo qual Dirceu recebeu "100 e poucos mil reais".

O empreiteiro citou outro contato que teve com o ex-presidente. "Teve um s� contato que foi o seguinte: em algum momento do ano seguinte, eu recebi, a pedido do G�rson, uma miss�o cubana que tinha interesse em instalar usinas e�licas em cuba. N�s estamos instalando aqui. N�s recebemos a miss�o, mas n�o deu mais nada. Os cubanos n�o tinham condi��es", afirmou.

"Esse contato da visita dos cubanos conosco veio por ele (Dirceu). N�o foi (pago). Do primeiro contrato, eu, pessoalmente, n�o tomei conhecimento de nada."

O juiz S�rgio Moro mostrou ao empres�rio outros contratos que a Engevix teria assinado com Dirceu. "N�o tive nenhuma rela��o com os demais contratos", disse Jos� Antunes Sobrinho.


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