A publicit�ria Nelci Warken, presa na 22ª fase da Opera��o Lava-Jato, batizada de Triplo X, confirmou nesta sexta-feira para a Pol�cia Federal ser a controladora da offshore Murray Holdings, dona de um triplex no Edif�cio Solaris, no Guaruj�, onde a fam�lia do ex-presidente Lula seria dona de outro tr�plex.
“Nelci n�o � laranja. O apartamento foi comprado com dinheiro do trabalho dela”, afirmou o criminalista Alexandre Crepaldi, defensor de Nelci que acompanhou seu depoimento na manh� desta sexta-feira, 29, na sede da PF em Curitiba.
Nelci � ex-funcion�ria da �rea de marketing da Bancoop e dona de uma empresa de panfletagem, a Paulista Plus. Desde 2009, o apartamento 163-B, que Nelci admitiu ser de sua propriedade, pertence � Murray Holdings LLC, aberta em Las Vegas, Estado de Nevada, nos Estados Unidos, em nome de Eliana Pinheiro de Freitas. Para os procuradores, Eliana � uma “laranja” de Nelci Warken.
Eliana Pinheiro de Freitas - tamb�m ligada a Bancoop e madrinha de uma das filhas de Nelci - foi ouvida na quarta-feira, alvo de condu��o coercitiva pela PF. Segundo a defesa de Nelci, n�o h� ilegalidade no registro de um im�vel em nome da offshore.
Para os investigadores, as duas fazem parte do n�cleo de “testas-de-ferro” do esquema. Pelo menos 13 outros im�veis est�o registrados em nome da Murray.
“A formal propriedade do tr�plex 163-B do Condom�nio Solaris por parte da offshore Murray Holdings LLC, registrada em Nevada/EUA, levantou suspeitas pela evidente disparidade de um im�vel de tais padr�es frente � pessoa que se apresentou perante as autoridades fazend�rias brasileiras como representante da dita offshore, qual seja, Eliana Pinheiro de Freitas, pessoa de condi��es simples, por�m, representante de offshore que adquiriu uma s�rie de im�veis desde 2009”, informa documento da PF.
A PF deve ouvir nesta sexta-feira Ademir Auada, que atuou para a abertura da Murray Holdings. Ele fez o exame de corpo de delito pela manh�, ap�s ser preso ontem, ao chegar do Panam�. Est� marcado para hoje ainda o interrogat�rio de Ricardo Hon�rio Neto, do escrit�rio no Brasil da Mossack e Fonseca CO. Renata Pereira Britto, funcion�ria de Mossack, foi ouvida ontem.
Foragidos
Dos seis mandados de pris�o tempor�ria decretados pelo juiz federal S�rgio Moro, dois continuam em aberto. Maria Mercedes Riano Quijano e Luiz Fernando Hernandez Rivero, funcion�rios da empresa Mossack Fonseca & CO, que fornecia offshores para investigados, s�o considerados foragidos pela PF.