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Estado de Minas

'� um triplex Minha Casa Minha Vida', diz Nilo Batista em defesa de Lula


postado em 01/02/2016 18:31 / atualizado em 01/02/2016 19:23

Integrante da equipe de defensores do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, o criminalista e ex-governador do Rio Nilo Batista classificou de "factoides" as suspeitas de que o petista tenha sido propriet�rio oculto de um tr�plex no Guaruj� e se beneficiado da obra da construtora Odebrecht em s�tio frequentado por ele em Atibaia. "� um tr�plex Minha Casa Minha Vida", disse Batista, para quem o servi�o no s�tio n�o passou de "um puxadinho com corredor e quatro quartos".

De acordo com Batista, que governou o estado do Rio em 1994, quando o governador Leonel Brizola se desincompatibilizou para disputar a Presid�ncia da Rep�blica, "o presidente (Lula) se d� conta de que � uma luta antes de mais nada pol�tica e sente ser injusti�ado e achincalhado sem ter feito nada".

"Tem candidato a presidente com apartamento na Vieira Souto (avenida valorizada na orla de Ipanema, zona sul carioca). Este de Guaruj� � um tr�plex Minha Casa Minha Vida, coisa modesta", comparou o advogado, sem citar diretamente o tucano A�cio Neves, que perdeu a disputa presidencial para Dilma Rousseff em 2014. Na �poca da campanha, A�cio morava com a mulher e os filhos em um apartamento na Vieira Souto, de frente para a praia.

Segundo Batista, a mulher de Lula, Marisa Let�cia, comprou cotas da cooperativa Bancoop para o empreendimento do Condom�nio Solaris, no Guaruj�. O condom�nio foi assumido pela empreiteira OAS depois que a Bancoop quebrou. Batista diz que Leo Pinheiro, ex-presidente da empresa Leo Pinheiro investigado na Opera��o Lava Jato, foi quem teve a iniciativa de reformar o apartamento que caberia ao casal Lula da Silva e que o petista nunca soube do custo da obra.

Para Batista, � natural que presidentes de empresas tenham contato direto com o ex-presidente. "Se o Lula for comprar um sabonete na Granado, o presidente vai querer atend�-lo. Lula fez muitos amigos n�o s� na ind�stria da constru��o civil, mas no agrobusiness, no setor automotivo, na siderurgia, no empreendedorismo financeiro. Lula conversa com Leo Pinheiro, mas desde o primeiro momento achou o apartamento inadequado" disse o advogado.

O ex-presidente achava que seria muito assediado e n�o teria condi��es, por exemplo, de fazer um passeio na praia, afirmou o criminalista. "Dona Marisa foi l� (no apartamento em obras) duas vezes. Leo Pinheiro fez obras por iniciativa pr�pria. Lula nunca soube o pre�o das obras. No fim do ano passado, dona Marisa desistiu da compra", acrescentou.

Sobre obras no s�tio em Atibaia frequentado por Lula e Marisa, que teriam sido pagas e executadas pela empreiteira Odebrecht, Batista disse ser poss�vel que "algum amigo empres�rio tenha ido visitar (Lula) e achado que devia fazer obras". "Mas est� � uma quest�o entre particulares", sustentou. O advogado afirmou que ainda est� reunindo mais informa��es sobre o s�tio, mas minimizou a import�ncia da obra. "� um puxadinho com corredor e quatro quartos."

Batista criticou a ex-dona de uma loja de materiais de constru��o que disse que a Odebrecht gastou cerca de R$ 500 mil na obra do s�tio, por n�o ter emitido notas fiscais em nome da empreiteira. Patr�cia Fabiana Melo Nunes, antiga dona do Dep�sito Dias, disse � "Folha de S. Paulo" que recebia pagamentos em dinheiro vivo e que emitiu recibos em nome de outras empresas, mas afirmou ter certeza de que eram ligadas � Odebrecht. Parte do material, segundo ela, foi vendida sem registro fiscal. "Se ela tivesse as notas, ter�amos hoje o valor integral da obra", afirmou Batista.

O criminalista ironizou a not�cia, tamb�m publicada pela "Folha de S. Paulo", de que Marisa comprou um barco, no valor de R$ 4.126, em setembro de 2013, e mandou entreg�-lo no s�tio em Atibaia, o que comprovaria a liga��o de Lula com a propriedade.

"Ser� que o erro foi ter mandato o bote para um a�udezinho? Ser� que ela deveria ter mandado para o apartamento em S�o Bernardo (onde vivem Lula e Marisa) e botado flores dentro?", questionou o advogado, que se incorporou � defesa do ex-presidente em dezembro passado e disse n�o cobrar honor�rios pela causa.


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